Meteorologia

  • 15 MAIO 2024
Tempo
17º
MIN 13º MÁX 19º

"Consideração pelas Forças Armadas não custa mais, mas faz diferença"

Numa publicação na rede social Facebook dirigida "à atenção do primeiro-ministro", Santos Silva recordou que "o Ministério da Defesa Nacional foi entregue a um partido que tem dois deputados no Parlamento".

"Consideração pelas Forças Armadas não custa mais, mas faz diferença"
Notícias ao Minuto

10:43 - 29/04/24 por Notícias ao Minuto

Política Augusto Santos Silva

O antigo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, endereçou um recado ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, na manhã de domingo, tendo salientado que “a consideração política e institucional pelas Forças Armadas não custa nem mais um cêntimo de despesa”, ainda que faça “a diferença”.

Numa publicação na rede social Facebook dirigida “à atenção do primeiro-ministro”, Santos Silva começou por recordar que “o Ministério da Defesa Nacional foi entregue a um partido que tem dois deputados no Parlamento”, referindo-se, concretamente, ao CDS-PP.

Se a tutela, que é a sétima “na hierarquia do Governo”, foi entregue a Nuno Melo, líder daquele partido centrista, “a Comissão Parlamentar de Defesa passou a ser presidida pelo partido Chega”, continuou.

“O novo ministro sustenta publicamente que o recrutamento de jovens pequenos delinquentes pode ser uma das soluções para a falta de pessoal nas Forças Armadas”, disse ainda, referindo-se às declarações proferidas por Melo durante o jantar-conferência da 13.ª edição da Universidade Europa, na sexta-feira.

E rematou: “A consideração política e institucional pelas Forças Armadas não custa nem mais um cêntimo de despesa. Mas faz a diferença.”

Saliente-se que, durante a iniciativa de formação política do Partido Social Democrata (PSD), Nuno Melo defendeu que o serviço militar poderia ser uma alternativa para jovens que cometem pequenos delitos em vez de serem colocados em instituições que, "na maior parte dos casos, só funcionam como uma escola de crime para a vida".

Quer na sua intervenção inicial, quer na resposta às perguntas dos "alunos" desta ação, o ministro da Defesa rejeitou o regresso de uma obrigatoriedade do serviço militar, tendo justificado que “não há sequer condições políticas” para o impor.

"Temos é de criar condições para que os jovens possam ter esta opção que tem de ser atrativa e nós vamos tentar fazê-lo", afirmou, apelando até aos cerca de 70 jovens presentes na Universidade Europa que "façam essa experiência".

Recorde-se que, em fevereiro, as associações representativas dos oficiais, sargentos e praças das Forças Armadas admitiram sair à rua em protesto se o próximo Governo atender às reivindicações das forças de segurança, mas não der "atenção especial" aos militares.

Leia Também: "Não há condições políticas" para regresso do Serviço Militar Obrigatório

Recomendados para si

;
Campo obrigatório