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Quase 100 suspeitos de crimes de guerra viviam no Reino Unido
Noventa e nove suspeitos de crimes de guerra viviam no Reino Unido entre Janeiro de 2012 e Março de 2013, segundo números do Ministério do Interior britânico obtidos pela BBC.
© DR
Mundo Em 2012
Esses suspeitos são oriundos de países como o Afeganistão, Irão, Iraque, Líbia, Ruanda, Sérvia ou Sri Lanka, segundo os dados, divulgados a pedido da BBC.
No período entre janeiro de 2012 e março de 2013, o Ministério investigou 800 casos de requerentes de cidadania, asilo ou renovação de visto no Reino Unido, emitindo 99 “recomendações desfavoráveis” relativas a suspeitos de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade.
Desses suspeitos, três foram deportados em 2012, 20 viram recusado o pedido de asilo e 46 o de cidadania – e ficaram provavelmente no Reino Unido –, desconhecendo-se o destino dos restantes, segundo a BBC.
Um porta-voz do Ministério frisou a determinação das autoridades para que o país não se torne “um refúgio para criminosos de guerra” e acrescentou que estão a ser feitos esforços para que “sejam reenviados para os seus países para aí serem julgados”.
Em maio de 2013, cinco ruandeses suspeitos de participação no genocídio dos tutsis de 1994 foram detidos no Reino Unido. Todos negaram as acusações. Três estão detidos temporariamente e os outros dois foram libertados.
Os cinco viviam há cerca de uma década no Reino Unido e, em 2009, Tribunal Superior de Londres bloqueou a extradição de quatro dos cinco suspeitos dado o risco de não terem um julgamento justo no seu país.
A partir de casos como este, várias organizações de defesa dos direitos humanos pediram às autoridades britânicas que, nos casos em que os suspeitos não podem ser repatriados, sejam criadas ferramentas para os julgar no Reino Unido.
Segundo a polícia metropolitana, citada igualmente pela BBC, estão atualmente a ser investigados em território britânico 56 suspeitos de crimes de guerra, mas apenas nove desses casos foram enviados pelos serviços de imigração.
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