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Síria proíbe observadores das Nações Unidas em todo o país

O regime sírio rejeitou o envio de observadores das Nações Unidas (ONU) para todo o território da Síria para determinar se estão a ser usadas armas químicas no conflito, conforme havia sido proposto pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Síria proíbe observadores das Nações Unidas em todo o país
Notícias ao Minuto

20:38 - 08/04/13 por Lusa

Mundo Armas químicas

“O secretário-geral sugeriu uma missão suplementar que permitisse aos observadores da ONU a implantação em todo o território sírio, o que contraria o pedido feito pela Síria às Nações Unidas”, indicou um responsável do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) sírio, de acordo com afirmações avançadas pela agência de notícias oficial síria, SANA, e citada pela agência francesa France Presse (AFP).

O mesmo responsável sublinhou que “a Síria não pode aceitar esse tipo de manobras da parte do secretário-geral da ONU, tendo em conta o papel negativo que a organização desempenhou no Iraque, e que abriu caminho à invasão americana” em 2003.

O MNE do regime de Damasco “lamentou” que Ban Ki-moon “tenha cedido a pressões dos estados conhecidos pelo seu apoio ao derramamento de sangue na Síria”, sem nunca precisar a quais se referia.

O Ministério precisou que o pedido feito por Damasco à ONU dizia respeito ao “envio de uma missão tecnicamente neutra e honesta à vila de Khan Aassal, na província de Alepo (no norte do país), para inquirir sobre o que se passou depois de a aldeia ter sido atacada por um míssil que continha materiais químicos tóxicos, e que terá sido lançado por grupos terroristas”.

O Governo sírio e as forças rebeldes de oposição acusam-se mutuamente quanto ao uso de armas químicas nas regiões de Alepo e Damasco no quadro do conflito que assola o país.

Também hoje Ban Ki-moon tinha adiantado que os observadores das Nações Unidas estão prestes a ser enviados para a Síria, no decorrer de uma conferência de imprensa, em Haia, Holanda, na abertura Terceira Conferência de Revisão dos Estados Partes da Convenção sobre Armas Químicas.

“A minha posição é clara: todas as alegações serão alvo do inquérito sem demoras, condições ou excepções”, sublinhou Ban Ki-moon, que disse também que “a ONU está agora em condições de se deslocar para a Síria”.

“Em menos de 24 horas todos os aspectos logísticos terão sido tratados”, acrescentou, dizendo na altura que apenas aguardavam a “luz verde” do Governo sírio para determinar se as armas químicas foram utilizadas no conflito.

De acordo com o MNE sírio, as conversas trocadas entre a Síria e a ONU até 3 de Abril tinham registado progressos, postos agora em causa com as declarações de Ban Ki-moon em Haia, e com o seu pedido para uma missão suplementar.

A 20 de Março Damasco tinha entregue um requerimento oficial para que uma missão de observadores da ONU se deslocasse à Síria para determinar se no decurso do conflito houve recurso a armas químicas.

Por seu lado, o Reino Unido e a França tinham pedido à ONU que investigasse as alegações quanto ao uso deste tipo de armas pelo próprio regime.

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