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Marcha de protesto contra o Governo inicia-se no Paquistão

Milhares de manifestantes partiram hoje da cidade paquistanesa de Lahore numa marcha em direção à capital, Islamabad, para exigir a demissão do Governo, que afirmam ter sido eleito de forma fraudulenta.

Marcha de protesto contra o Governo inicia-se no Paquistão
Notícias ao Minuto

16:25 - 14/08/14 por Lusa

Mundo Lahore

Os apoiantes do jogador de críquete que se tornou político Imran Khan e do pregador populista Tahir-ul-Qadri concentraram-se separadamente em Lahore antes de iniciar uma caminhada de 300 quilómetros para se manifestarem na capital paquistanesa.

Tanto Khan quanto Qadri defendem que o resultado das eleições gerais de maio de 2013 foi forjado e querem que o primeiro-ministro, Nawaz Sharif, se demita e que se realizem novas eleições. Sharif era o candidato favorito à vitória no escrutínio e ganhou por uma larga margem.

Os dois grupos, que viajam numa coluna motorizada em direção a Islamabad, no aniversário da independência do Paquistão da Grã-Bretanha, avançaram pouco depois de saírem de Lahore.

As autoridades tinham insistido em que a marcha do partido de Qadri, Pakistan Awami Tehreek (APT), não seria permitida, mas acabaram por ceder durante a tarde.

Khan, cujo partido, Pakistan Tehreek-e-Insaaf (PTI), se classificou em terceiro lugar no ato eleitoral, teve luz verde para iniciar a sua marcha "Azadi" (da Liberdade) mais cedo.

Responsáveis governamentais têm acusado os organizadores da marcha de tentarem fazer descarrilar a democracia e Sharif disse que as marchas eram uma manobra para desviar os olhares de assuntos mais importantes.

O Paquistão está atualmente a efetuar uma ofensiva militar contra os esconderijos dos talibãs no noroeste do seu território, enquanto tenta também impulsionar uma economia em queda e resolver uma crise crónica de fornecimento de energia.

"Esta é a verdadeira marcha Azadi (da Liberdade), que está a decorrer aqui, as chefias civil e militar aqui juntas a celebrar o dia da independência do Paquistão -- o que poderá ser uma marcha maior do que esta?", frisou Sharif.

O primeiro-ministro falava numa cerimónia para reinaugurar uma casa outrora pertencente ao fundador do Paquistão, Muhammad Ali Jinnah, ao lado do chefe do Estado-maior das Forças Armadas, o general Raheel Sharif, numa aparente demonstração de unidade.

Nenhuma das marchas deverá chegar a Islamabad antes de hoje à noite ou mesmo na sexta-feira, e continua por esclarecer se serão autorizadas a entrar na já de si bastante policiada capital paquistanesa, cuja segurança foi reforçada nos últimos dias.

Mais de 20.000 polícias e forças de segurança foram destacados e quase todas as estradas de acesso à cidade foram cortadas pelas autoridades com arame farpado e contentores de mercadorias.

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