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Irão condena à morte manifestante por difundir informação sobre armas

Um tribunal iraniano condenou um homem à morte por ter publicado nas redes sociais informações sobre fabrico de armas artesanais durante os protestos desencadeados pela morte de Mahsa Amini, em 2022.

Irão condena à morte manifestante por difundir informação sobre armas
Notícias ao Minuto

12:48 - 07/05/24 por Lusa

Mundo Irão

Mahmoud Mehrabi foi condenado por publicar informações sobre o "fabrico de armas artesanais", "incitar à guerra e ao assassinato e insultar entidades sagradas", informou hoje a agência iraniana Mizan.

A acusação engloba também uma série de infrações contra a segurança pública e a "moral islâmica".

Segundo a agência Mizan, 52 pessoas apresentaram queixa contra Mehrabi por "publicar mentiras" nas redes sociais.

O meio de comunicação social judicial iraniano afirmou que dois dos advogados do condenado estiveram presentes durante o julgamento.

O advogado do condenado, Babak Farsani, comunicou através das redes sociais que vai recorrer da sentença junto do Supremo Tribunal.

Há duas semanas, um outro tribunal condenou à morte o músico "rapper" Tomaj Salehi por sedição, propaganda contra o sistema e incitamento a motim durante os protestos desencadeados pela morte da jovem iraniana de origem curda Mahsa Amini.

Salehi foi detido no final de outubro de 2022 e acusado de apoiar os protestos desencadeados pela morte de Amini em 16 de setembro de 2022.

A jovem tinha sido detida por não usar corretamente a indumentária islâmica.

A morte de Amini desencadeou fortes protestos em que os manifestantes apelaram durante meses ao fim da República Islâmica tendo sido reprimidos pelas forças de segurança.

Cerca de 500 pessoas foram mortas, pelo menos 22 mil manifestantes foram detidos e oito foram executados, um dos quais em público.

Muitas mulheres deixaram de usar o véu após os protestos, num gesto de desobediência civil. 

Atualmente, as autoridades trouxeram de novo para as ruas a denominada Polícia de Costumes Morais para impor o uso do traje islâmico.

Leia Também: Irão e AIEA continuam a discutir como aplicar acordo sobre inspeções

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