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Analistas cautelosos com subida de SPD alemão em sondagem
O Partido Social Democrata alemão (SPD) superou pela primeira vez desde junho de 2023 a força de extrema-direita, Alternativa para a Alemanha (AfD) numa sondagem, mas os analistas mostram-se cautelosos.
© Getty Images
Mundo Alemanha
"Um ou dois pontos percentuais a mais não são suficientes para falar de uma verdadeira subida", considerou o politólogo Gero Neugebauer, preferindo falar de uma "paragem temporária de uma descida".
A AfD tem estado envolvida em vários escândalos, as mais recentes relacionam o partido a espionagem a favor da China e de alegados subornos pagos pela Rússia ao cabeça de lista às eleições europeias, Maximilian Krah.
De acordo com uma sondagem publicada na semana passada pelo Instituto Forsa, o SPD, partido do chanceler Olaf Scholz, surge em segundo lugar com 17%, depois da União Democrata Cristã (CDU) e o partido irmão na Baviera (CSU) com 30%. Em terceiro lugar surje a AfD com 16%, uma ligeira queda em relação a outros barómetros.
"Dado que os seguidores da AfD se calam ou negam a sua preferência, devido ao estado de espírito da opinião pública, os números do partido diminuem nas sondagens. Temos de esperar pelas eleições", analisou Gero Neugebauer, da Universidade Nova de Berlim.
"O SPD aproveita a oportunidade para restaurar a sua imagem social, opondo-se aos planos dos Liberais do FDP (companheiros de coligação) de reduzir algumas despesas em políticas sociais", acrescentou, em declarações à agência Lusa.
Stefan Marschall considerou que "a AfD está a sofrer tanto com os escândalos recentes como com a entrada de um concorrente formidável, o novo partido Bündnis Sarah Wagenknecht (BSW), que tem o potencial de atrair uma parte dos eleitores da AfD que procuram uma plataforma de protesto menos radical".
Para o politólogo da Universidade de Dusseldorf, ouvido pela Lusa, o SPD estabilizou "num nível baixo" depois do pico das eleições de 2021.
Outras sondagens, levadas a cabo pelos institutos Infratest ou INSA, continuam a situar o SPD em terceiro lugar com 15%, atrás da AfD, com 18%, e da CDU/CSU com 30 a 31%.
As eleições federais estão marcadas para o próximo ano. Antes disso, a Alemanha vai a votos para as eleições europeias, e em três estados federados no leste do país, em setembro deste ano.
Leia Também: Candidato do partido alemão SPD gravemente ferido durante campanha
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