"Desprezo" pelos direitos dos deslocados de Gaza é "algo raro", diz ONU
A relatora da ONU para os direitos humanos dos deslocados internos disse hoje que em poucas crises na história recente se pode ver um desprezo "tão grande" pela população em causa como agora na Faixa de Gaza.
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Paula Gaviria Betancur descreveu que "os deslocados internos na Faixa de Gaza foram expulsos arbitrariamente das suas habitações, em múltiplas ocasiões, sem levar em conta os seus direitos à vida, à dignidade, à verdade e à segurança".
Estes deslocados, assegurou, foram "transferidos e confinados pela força em condições impossíveis de vida", depois de ordens de mudanças israelitas que garantiam "mais segurança para a população de Gaza".
Paula Gaviria Betancur acentuou que Israel perdeu "toda a credibilidade" e pediu à comunidade internacional que "abandone a ficção" de que Israel respeita o direito internacional humanitário e os direitos humanos nas suas operações militares.
A relatora mostrou especial preocupação com a situação em Rafah, onde cerca de 1,5 milhões de palestinianos estão aglomerados e para onde os israelitas tencionam estender as suas operações militares.
"Qualquer ordem de retirada imposta em Rafah nas condições atuais, com o resto da Faixa de Gaza em ruínas (...), obrigaria a população a fugir a condições de morte segura, sem alimentação, água, cuidados de saúde e abrigo", avisou.
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