Pelo menos 15 mortos e 40 feridos em ataques no oeste do Sudão
Pelo menos 15 pessoas morreram e 40 ficaram feridas num ataque lançado domingo pelo grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido na aldeia de Al Rahmaniyah, no oeste do Sudão, anunciaram hoje os comités de resistência da região.
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Mundo Sudão
Em comunicado, os comités acusam as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) de terem atacado Al Rahmaniyah, a noroeste de Umm Rawaba, no estado do Cordofão do Norte, "resultando na morte de pelo menos 15 pessoas, no ferimento de mais de 40 pessoas, no incêndio de várias casas e na deslocação de cidadãos depois de as suas propriedades terem sido saqueadas".
Segundo os comités, que constituem uma rede informal de vizinhança criada em 2013 para apoiar a população nos múltiplos conflitos internos, os paramilitares anunciaram domingo que tinham reforçado o seu controlo sobre a zona de Umm Rawaba, numa publicação nas redes sociais.
A cidade de Umm Rawaba está a assistir a uma grande vaga de deslocações para norte e leste da cidade, "devido ao caos que prevaleceu após os combates que tiveram lugar em 07 de maio entre o exército e os paramilitares", escreveram.
No Darfur, os comités de resistência de Al-Fasher, a capital do estado do Darfur do Norte, afirmaram que os paramilitares bombardearam hoje os bairros do norte e do oeste da cidade, provocando mortos e feridos, incluindo "nove feridos nas imediações do centro de obstetrícia e ginecologia".
"Os projéteis de artilharia [das Forças de Apoio Rápido] também atingiram o campo de deslocados de Abu Shouk, perto de Al-Fasher, e houve mortos e feridos que não puderam ser contabilizados devido à dificuldade de os transportar para o hospital", detalharam os comités da região.
De acordo com o Sindicato dos Médicos do Sudão, pelo menos 30 mil pessoas morreram e mais de 70 mil ficaram feridas na guerra que eclodiu em 15 de abril de 2023 entre o exército e as RSF, no meio de um processo de integração dos paramilitares nas forças regulares, desencadeando uma luta pelo poder entre o líder do exército, Abddelfatah al-Burhan, e o comandante das RSF, Mohamed Hamdan Dagalo, conhecido como 'Hemedti'.
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