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ONU deve assumir responsabilidade na luta antiterrorista em África

O Presidente do Senegal e da União Africana instou hoje as Nações Unidas a "assumirem a sua responsabilidade" na luta contra o terrorismo em África, que "ultrapassa o quadro do Sahel", e apelou a uma coligação antiterrorista global.

ONU deve assumir responsabilidade na luta antiterrorista em África
Notícias ao Minuto

13:22 - 17/02/22 por Lusa

Mundo UE/África

"O problema da segurança e da luta contra o terrorismo em África ultrapassa o quadro do Sahel. É toda a África que é hoje afetada", disse Macky Sall numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente francês, Emmanuel Macron, que anunciou a retirada das tropas francesas e europeias do Mali ao fim de nove anos de luta antiterrorista.

Sublinhando que "os próprios africanos estão muito seriamente envolvidos" no combate ao terrorismo, e que os Estados africanos agradecem o apoio da Europa e da França em particular nessa luta, Sall lembrou que "é um combate que vai para lá da Europa".

"É preciso que as Nações Unidas assumam a sua responsabilidade (...). O Conselho de Segurança das Nações Unidas é o principal responsável por combater a insegurança e promover a paz em todo o mundo", disse o chefe de Estado senegalês, que atualmente assume a presidência rotativa da União Africana.

Macky Sall lembrou que "quando foi preciso lutar contra o terrorismo noutras partes do mundo, foram necessárias coligações globais".

"Não há motivo para que, quando se trata de África, se converta num problema dos africanos e de alguns países europeus ou da Europa que os acompanha", avisou.

Para o líder africano, "é preciso um movimento mais vasto, é preciso estabilizar África (...), é preciso que todo o mundo se envolva!".

"É isso que esperamos da comunidade internacional", acrescentou.

A França anunciou hoje a retirada "coordenada" das tropas francesas e dos seus aliados no Mali devido "a múltiplas obstruções das autoridades de transição malianas", prosseguindo o combate ao terrorismo nos países vizinhos.

Na sequência desse anúncio, o porta-voz da missão da ONU no Mali (Minusma), Olivier Salgado, disse que a retirada das forças militares de França e dos seus aliados terá impacto na missão, que fará o necessário para "se adaptar".

A Minusma, criada em 2013 após a eclosão da independência e das insurgências terroristas no ano anterior, mobiliza mais de 12.000 soldados no Mali e é a missão mais mortal do mundo para capacetes azuis, com mais de 150 mortos em atos hostis.

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