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Bugalho diz que Temido tem "elogiado" programas de Von der Leyen

O cabeça de lista da AD às europeias desafiou hoje o PS a clarificar se apoiará ou não a reeleição da presidente da Comissão Europeia, lembrando que Marta Temido tem "elogiado constantemente" os programas lançados por Von der Leyen.

Bugalho diz que Temido tem "elogiado" programas de Von der Leyen
Notícias ao Minuto

20:33 - 16/05/24 por Lusa

Política Europeias

"Sobre a presidente Ursula von der Leyen temos uma posição muito clara: é que vamos apoiá-la e vamos votar nela para continuar presidente da Comissão" Europeia, começou por dizer Sebastião Bugalho aos jornalistas, em Faro, à margem da tomada de posse do presidente do PSD local.

O cabeça de lista da Aliança Democrática, coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM, lançou depois um desafio à número um da lista socialista.

"Gostava, por exemplo, de saber se a minha principal oponente, a doutora Marta Temido, vai ou não apoiar essa recandidatura, no sentido em que tem elogiado constantemente os programas de que Ursula Von der Leyen foi autora, nomeadamente o 'Next Generation EU'", declarou.

Sebastião Bugalho salientou que "não serve de muito estar a elogiar o que Ursula von der Leyen fez, se agora não se vai votar em Ursula von der Leyen".

"Nós temos uma posição coerente, nós elogiamos e apoiamos. O PS em Portugal o que faz, só elogia, não apoia? Essa pergunta acho que é importante clarificar", sublinhou o candidato da AD às europeias de 09 de junho.

As eleições europeias deste ano, que se realizam entre 06 e 09 de junho, contam com uma dúzia de "candidatos principais" dos diferentes partidos políticos europeus ao cargo de presidente da Comissão Europeia para a legislatura 2024-2029.

Ursula von der Leyen, atual presidente em exercício, é a candidata do Partido Popular Europeu (PPE, centro-direita), que integra PSD e CDS-PP, à reeleição, enquanto o Partido Socialista Europeu (PES, centro-esquerda), que integra o PS, apresenta Nicolas Schmit ao cargo.

Em Faro, Sebastião Bugalho deixou ainda, em nome da candidatura da AD, "um voto de condenação pesada ao assalto físico, no caso foi através do uso de disparos", de que foi vítima na quarta-feira o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, gravemente ferido por vários tiros em Handlova, a cerca de 150 quilómetros da capital do país.

"Queremos enviar uma mensagem de solidariedade e, sobretudo, desejamos rápidas melhoras e queremos condenar o uso da violência sobre qualquer líder europeu, sobre qualquer candidato europeu e sobre qualquer cidadão", vincou.

Esta mensagem, prosseguiu o cabeça de lista da AD, "também inclui" o jovem nepalês que, alegadamente, "terá sido vítima de maus tratos, ainda por cima filmados, com filmagens divulgadas e partilhadas".

"Queremos dizer aqui que a nossa candidatura também condena totalmente a violência sobre imigrantes, a violência sobre cidadãos europeus ou a violência sobre todos aqueles que vêm para a Europa em busca de uma vida melhor", afirmou Sebastião Bugalho.

Abrindo "uma exceção" aos assuntos europeus, o candidato da AD abordou ainda o processo contra o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, requerido pelo Chega, na sequência das declarações sobre reparações às ex-colónias.

"Nós não aceitamos que um partido tente usar o Presidente da República para humilhar Portugal. Porque uma coisa é aquilo que o Presidente da República às vezes diz, e nós podemos não concordar, uma coisa é a divergência de opinião, outra coisa é o delito de opinião", referiu.

Para Sebastião Bugalho, um partido que acusa um Presidente da República de traição à pátria é um partido que "está a contribuir para humilhar Portugal" na comunidade internacional e "aos olhos" dos aliados e parceiros do país.

O Chega foi o único partido a votar contra o relatório que concluiu não haver indícios de que o Presidente da República tenha traído a pátria, tendo os restantes partidos votado a favor.

Leia Também: Bugalho quer "mais um ponto" do que a sua idade. "Sou mais europeísta"

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