Quenianos protestam em Nairobi contra demolições forçadas pelas inundações

Uma centena de quenianos manifestaram-se hoje no centro de Nairobi contra o despejo forçado pelo Governo e a demolição de centenas de casas, face às devastadoras inundações que mataram, pelo menos, 291 pessoas desde meados de março.

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Lusa
16/05/2024 21:56 ‧ 16/05/2024 por Lusa

Mundo

Nairobi

Os manifestantes, que marcharam pacificamente pela capital, protestaram contra a falta de planeamento do Governo para lidar com as inundações e garantir a segurança da população.

"As vidas dos quenianos são importantes! Planos e estruturas ilegais causam inundações e deslocações" ou "casas seguras para todos, não apenas para alguns", lia-se em algumas das faixas, que denunciavam a falta de alternativas de habitação para as pessoas afetadas.

O número de mortos na sequência das chuvas torrenciais e das inundações no Quénia subiu para 291, mais dois do que no último relatório, anunciou hoje o porta-voz do Governo, Isaac Mwaura.

Além disso, o número de desaparecidos e de feridos manteve-se inalterado em 75 e 188, respetivamente.

Em comunicado publicado nas redes sociais, Mwaura alertou que a situação "continua crítica, uma vez que se preveem chuvas contínuas nas terras altas do centro do país, incluindo Nairobi", onde hoje à tarde se registou uma forte trovoada, após alguns dias sem chuva.

As regiões do noroeste, da bacia do Lago Vitória e do Vale do Rift, bem como as zonas de Machakos e Kajiado, perto da capital, estão também em alerta, enquanto o resto do país permanecerá praticamente seco.

No entanto, as preocupações em matéria de saúde aumentaram, uma vez que situações de sobrelotação, devido às pessoas que foram forçadas a fugir das suas casas, provocou até agora 53 casos de cólera e 54 casos de disenteria, que estão a ser tratados pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade da Cruz Vermelha do Quénia, acrescentou o porta-voz.

Cerca de 285.600 pessoas tiveram de abandonar as suas casas, sendo que centenas de habitações foram demolidas por se encontrarem em zonas lamacentas e propensas a inundações.

A longa estação das chuvas, que vai de março a maio e afeta a África Oriental, foi intensificada pelo fenómeno meteorológico El Niño, uma alteração da dinâmica atmosférica provocada pelo aumento das temperaturas no oceano Pacífico.

Leia Também: Conferência da ONU em Nairobi encerra com otimismo sobre o futuro

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