Cristiano Ronaldo foi o grande ausente no funeral de Diogo Jota e André Silva, realizado este sábado, na Igreja Matriz, em São Cosme, Gondomar, e já há uma (possível) explicação. O jornal Mirror adianta que o capitão português optou por não ir ao funeral por ter receio de que a sua presença ofuscasse a derradeira despedida do companheiro de seleção.
Tendo em conta a elevada cobertura mediática sobre a morte de Jota e do irmão, com vários jornalistas ingleses e espanhóis presentes em Gondomar, para além da imprensa nacional, Cristiano Ronaldo terá, assim, optado por não se deslocar até aquela localidade portuguesa para não perturbar o ambiente numa situação altamente delicada para a família de Jota e André.
Em sentido inverso, Bruno Fernandes, Bernardo Silva, João Félix, Nélson Semedo, Rúben Neves, Rúben Dias, Renato Veiga, José Sá, Rui Silva ou João Cancelo foram alguns dos jogadores da seleção nacional que quiseram estar presentes na derradeira despedida de Jota, tal como o selecionador nacional Roberto Martínez e o seu antecessor Fernando Santos. Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, também acompanhou as cerimónias fúnebres.
Refira-se que Rúben Neves e João Cancelo foram protagonistas de uma 'viagem relâmpago' uma vez que na noite de ontem foram a jogo... nos Estados Unidos da América. A dupla portuguesa foi titular na derrota do Al Hilal frente ao Fluminense (1-2), nos quartos de final do Mundial de Clubes, e após o apito final deixou Orlando e partiu prontamente ruma a Portugal a tempo de marcar presença no funeral de Jota.
CR7 lamentou morte poucas horas depois
Apesar de ter falhado a despedida a Jota, Cristiano Ronaldo foi dos primeiros jogadores da seleção nacional a reagir à morte do colega na quinta-feira, recorrendo às redes sociais para lamentar a mesma.
"Não faz sentido. Ainda agora estávamos juntos na Seleção, ainda agora tinhas casado. À tua família, à tua mulher e aos teus filhos, envio os meus sentimentos e desejo-lhes toda a força do mundo. Sei que estarás sempre com eles. Descansem em Paz, Diogo e André. Vamos todos sentir a vossa falta", escrevera CR7.
Não faz sentido. Ainda agora estávamos juntos na Seleção, ainda agora tinhas casado. À tua familia, à tua mulher e aos teus filhos, envio os meus sentimentos e desejo-lhes toda a força do mundo. Sei que estarás sempre com eles. Descansem em Paz, Diogo e André. Vamos todos sentir… pic.twitter.com/H1qSTvPoQs
— Cristiano Ronaldo (@Cristiano) July 3, 2025
Juntos por 41 jogos
Cristiano Ronaldo e Diogo Jota alinharam, juntos, por 41 vezes ao serviço da seleção nacional. O avançado de 28 anos era mesmo dos elementos com quem CR7 conseguia um melhor entendimento na frente de ataque por conta das características de ambos, que acabavam por encaixar.
No total destes 41 jogos, Portugal venceu 27, empatou oito e perdeu apenas seis.
Despedida recheada de emoção
Recorde-se que Diogo Jota morreu na madrugada de quinta-feira, após um acidente de viação em Zamora, Espanha, que também 'roubou' a vida ao irmão André Silva.
Os corpos dos dos jogadores de Liverpool e Penafiel, respetivamente, foram transportados para Portugal ainda na noite de quinta-feira. O velório decorreu no dia seguinte, sexta-feira, e o funeral aconteceu na manhã deste sábado, motivando a presença de várias figuras do mundo de futebol e milhares de civis numa despedida recheada de emoção.
[Notícia atualizada às 14h11]
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