De acordo com a Comissão Eleitoral após a contagem de 99% dos votos, o Partido Democrata (SDSM), que se apresentou em coligação com a pequena formação da minoria albanesa BESA, obteve 36,07% tendo os conservadores do VMRO-DPMNE, de Hristijan Mickoski, alcançado 34,81% dos votos.

A terceira formação mais votada foi o partido DUI, que também representa os interesses dos albaneses (25% da população) e que conseguiu 11,37% dos votos.

Deste modo, os social-democratas, no poder, conseguem 46 lugares no Parlamento, os conservadores 44 deputados e o DUI 15 parlamentares.

O Parlamento é constituído por 120 deputados pelo que a atual coligação governamental liderada pelo SDSM precisava de 61 deputados para atingir a maioria.

A Aliança para os Albaneses, partido de oposição, voltou a conseguir representação parlamentar, com 12 deputados (8,57% dos votos), e o partido Levica, de esquerda, com 4,16% conseguiu dois lugares.

O partido albanês DPA elegeu um deputado. 

A realização das eleições ficou marcadas pelos receios de propagação do novo coronavírus, porque se verificam atualmente novos surtos de covid-19 no país, que explicam a elevada abstenção.

A participação não ultrapassou os 51% dos eleitores inscritos tendo Zaev manifestado satisfação pela vitória.

"Os cidadãos votaram por um futuro seguro, pela unidade e pela solidariedade, pela prosperidade económica, pela ordem e justiça e por um futuro melhor", disse o líder dos social-democratas. 

Mickoski, líder da oposição, não se pronunciou mas o secretário-geral do partido, Igor Janushev afirmou que o VMRO-DPMNE vai tentar alcançar uma coligação governamental, tendo em conta os resultados alcançados. 

Estas eleições antecipadas são vistas como fundamentais para as aspirações europeias do pequeno país de dois milhões de habitantes.

Durante a campanha, os social-democratas prometeram iniciar negociações com vista à adesão à União Europeia.

Zaev decidiu convocar eleições depois do impasse verificado na marcação de negociações com Bruxelas, em 2019. 

Apesar de não existir ainda qualquer data para o estabelecimento de contactos, em março o Conselho Europeu deu "luz verde" para que se iniciem conversações entre a Macedónia do Norte e a União Europeia.

Em março, o país passou a integrar a Aliança Atlântica, facto que Zaev capitalizou durante a campanha eleitoral. 

A adesão à NATO só foi possível depois de resolvido o contencioso diplomático e político com a Grécia sobre a mudança do nome do país, um assunto que se prolongou durante décadas e que levava os vários governos de Atenas a vetar a entrada do Estado na Aliança Atlântica e na União Europeia. 

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