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Chefe do Governo de Hong Kong rejeita qualquer cedência e deixa aviso

A chefe do Governo de Hong Kong excluiu hoje qualquer tipo de cedência em relação aos manifestantes antigovernamentais, alertando ainda para os riscos económicos associados aos protestos que se prolongam há dois meses naquele território.

Chefe do Governo de Hong Kong rejeita qualquer cedência e deixa aviso
Notícias ao Minuto

14:34 - 09/08/19 por Lusa

Mundo Carrie Lam

"No que diz respeito a uma solução política, acho que não devemos fazer concessões para silenciar manifestantes que têm cometido atos de violência", declarou Carrie Lam, numa conferência de imprensa.

Na mesma conferência, a chefe do executivo de Hong Kong avisou que o impacto económico dos protestos antigovernamentais poderá ser pior ao do surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), ocorrido em 2003.

"A desaceleração dessa vez aconteceu de forma muito rápida. Alguns compararam-na a um tsunami", afirmou Carrie Lam, após ter participado numa reunião com elementos da comunidade empresarial.

"A recuperação económica levará muito tempo", prosseguiu, referindo-se ainda às preocupações levantadas pelo setor empresarial privado, especialmente do setor do turismo.

Milhares de manifestantes antigovernamentais iniciaram hoje uma ação de protesto junto do aeroporto de Hong Kong com o objetivo de sensibilizar os estrangeiros que visitem o território para os motivos da sua mobilização.

Os manifestantes planeiam manter a concentração junto do aeroporto durante o fim de semana.

Segundo o relato das agências internacionais, muitos manifestantes exibem cartazes, com frases escritas em chinês e em inglês, a condenar a violência policial.

"Salvem Hong Kong da tirania e da brutalidade policial!" é uma das muitas frases escritas nos cartazes, de acordo com as agências.

Hong Kong, uma antiga colónia britânica e que é atualmente uma região administrativa da China, está a atravessar a sua pior crise política desde a sua transferência para as autoridades chinesas em 1997.

Nos últimos dois meses, o território tem sido palco de manifestações quase diárias que muitas vezes têm degenerado em confrontos entre as forças policiais e ativistas mais radicais.

Em várias ocasiões, a polícia tem recorrido a gás lacrimogéneo e a balas de borracha para dispersar os manifestantes.

A contestação nas ruas, iniciada contra um projeto de alteração, entretanto suspenso, à lei da extradição, generalizou-se e denuncia agora o que os manifestantes afirmam ser uma "erosão das liberdades" no território.

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