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Duas semanas depois, presidente da Roménia concorda com presidência da UE

O Governo romeno garante que o país está preparado para presidir ao Conselho da União Europeia, no primeiro semestre de 2019, posição agora também partilhada pelo Presidente Klaus Iohannis, que se pronunciara em sentido contrário há duas semanas.

Duas semanas depois, presidente da Roménia concorda com presidência da UE
Notícias ao Minuto

11:21 - 01/12/18 por Lusa

Mundo Klaus Iohannis

"Como já dissemos em diversas ocasiões, a Roménia está pronta a assumir a presidência do Conselho da União Europeia a partir de 01 de janeiro de 2019, e as preparações estão a decorrer de acordo com o calendário estabelecido pelo Governo", disse à Lusa a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, acrescentando que tal, de resto, "foi confirmado por recentes declarações da Comissão Europeia e do presidente do Parlamento Europeu".

Oana Darie asseverou que "este mandato vai ser um exercício comum, baseado no consenso político de todas as instituições romenas e num diálogo aberto e franco com todos os atores envolvidos a nível nacional e europeu".

"Além do mais, esta é uma oportunidade para reiterarmos uma vez mais o nosso compromisso com a União Europeia e os seus valores, e é por isso que um dos principais objetivos durante a nossa presidência é contribuir para a consolidação do projeto europeu", acrescentou.

A porta-voz garantiu ainda que o novo ministro delegado para os Assuntos Europeus, o diplomata George Ciamba, "tem o apoio total de todos os atores do processo de tomada de decisão na Roménia" e "é apoiado na sua missão por equipas de especialistas comprometidos com o objetivo de tornar bem-sucedida a presidência do Conselho da UE".

A saída do anterior ministro responsável pelos Assuntos Europeus, Victor Negrescu, a sensivelmente mês e meio de a Roménia presidir pela primeira vez ao Conselho da UE, havia sido uma das razões que levou o chefe de Estado, Klaus Iohannis (centro-direita) a dizer publicamente, em 12 de novembro último, que a Roménia, governada por uma coligação de esquerda liderada pelos socialistas do Partido Social Democrata (PSD), não estava preparada para assumir a presidência do bloco europeu.

A declaração de Iohannis suscitou a surpresa na Europa, levando mesmo a Finlândia -- a presidência que se segue, no segundo semestre do próximo ano -- a disponibilizar-se a antecipar o "mandato", mas desde logo o Governo romeno rejeitou tal hipótese, e o próprio chefe de Estado romeno já "voltou atrás" e garante total apoio ao executivo de esquerda.

Em declarações à imprensa em Bruxelas, no passado domingo, depois da cimeira que "selou" o acordo sobre o 'Brexit', Iohannis -- que, num regime semipresidencialista, representa o país nos Conselhos Europeus -- explicou que, quando manifestou dúvidas sobre o grau de preparação da Roménia para assumir a presidência, "tal era o caso, mas algumas coisas mudaram desde então", apontando que o novo ministro Ciamba desbloqueou algumas das dificuldades logísticas a que se referia.

"Tenho divergências em muitas áreas com o nosso Governo, mas não no domínio dos Assuntos Europeus e não nos preparativos para a presidência romena do Conselho da UE. Temos de compreender que luta política interna é uma coisa, e outra coisa é a presidência da UE. Queremos uma presidência bem sucedida, as coisas compuseram-se, estamos a trabalhar em conjunto e vamos ter um bom desempenho", garantiu.

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