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ONU diz que há "progressos" dos inspectores na Síria

Os inspectores envolvidos na destruição do arsenal químico na Síria estão a registar “progressos encorajadores”, referiu hoje a ONU, que admitiu a chegada ao terreno na próxima semana das equipas que vão desmantelar este armamento.

ONU diz que há "progressos" dos inspectores na Síria
Notícias ao Minuto

18:57 - 04/10/13 por Lusa

Mundo Armas químicas

Em simultâneo, o Presidente sírio, Bashar al-Assad, voltou a negar a utilização pelo seu exército de projéteis equipados com ogivas químicas em 21 de agosto nas regiões controladas pelos rebeldes perto de Damasco.

O ataque, confirmado por especialistas da ONU, que no entanto não designaram os autores, originou uma ameaça de ataques aéreos dos Estados Unidos e França contra o regime sírio, antes do acordo russo-norte-americano que permitiu uma resolução da ONU para legitimar o desarmamento do arsenal químico.

A missão conjunta da Organização para a proibição de armas químicas (OIAC) e da ONU na Síria, no terreno desde terça-feira, “registou os primeiros progressos encorajadores” e os documentos entregues pelo Governo sírio na quarta-feira “parecem promissores”, indicaram as Nações Unidas em comunicado.

A ONU referiu-se na quinta-feira a uma “boa cooperação ao nível técnico com as autoridades sírias”, apesar de precisar serem necessárias “análises complementares”.

Os inspetores responsáveis pelo desarmamento do arsenal químico na Síria, calculado em mais de 1.000 toneladas, começaram desde quarta-feira a “demarcar” os locais respetivos, em colaboração com as forças sírias, e “esperam iniciar as inspeções dos locais e o desmantelamento na próxima semana”.

Assad voltou a desmentir que as suas tropas tenham protagonizado os ataques de 21 de agosto, apesar de admitir que estas armas apenas são controladas por “forças especiais”, as únicas com capacidade para as utilizar.

“Preparar estas armas é uma operação técnica complexa (…) e é necessário um processo especial para a sua utilização que implica, previamente, uma ordem central do Estado-maior das Forças Armadas. É impossível que tenham sido utilizadas”, disse em entrevista à televisão privada turca Halk-TV.

É a primeira vez que uma operação de desarmamento químico decorre num país em plena guerra, num conflito iniciado em março de 2011 e que já provocou mais de 115.000 mortos, segundo diversas organizações internacionais.

O acordo russo-norte-americano prevê o desarmamento químico do país até meados de 2014.

Os combates também já forçaram seis milhões de sírios a abandonar as suas casas e 60.000 refugiaram-se no vizinho Iraque durante o mês de agosto, referiram esta semana os Médicos sem fronteiras (MSF). Cerca de 2,1 milhões de civis sírios permanecem refugiados nos países vizinhos.

Segundo a ONU, morreram já mais de 110.000 pessoas no conflito.

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