Nacional, biológica e com saúde para dar e vender. É assim a Organii, marca de cosmética biológica criada por duas irmãs atentas às questões ambientais e com uma tremenda vontade de tornar o mundo num local melhor.

Cátia e Rita Curica abriram em 2009 a primeira loja de cosmética biológica em Portugal e desde então que não mais pararam: A Origanii já conta com cinco espaços em Lisboa, dois no Porto e um em Madrid.

A marca – com produtos para adultos e bebés - foi um dos primeiros passos da eco revolução que estas duas irmãs querem levar adiante.

O Lifestyle ao Minuto conversou com a Cátia e com a Rita aquando o Organii Eco Market, evento que criaram no início de novembro e que trouxe a sustentabilidade, a ecologia e o comércio justo para o centro das atenções.

Como surgiu a ideia de criar a Organii?

O projeto surgiu da nossa necessidade familiar. A minha pele sempre foi muito sensível e as alergias que tinha aos produtos mais comuns eram frequentes. Com o meu percurso em Farmácia e, posteriormente, Medicina Tradicional Chinesa, percebi que, através de mudanças na alimentação e cosméticos que usava, poderia ter um estilo de vida mais saudável. A Rita acabou por também ser contagiada e, em 2008, a vontade de cuidarmos de nós evoluiu para a vontade de cuidarmos dos outros.

Assim surge a Organii, um projeto familiar dedicado ao mundo bio que começou, mais inicialmente, associado à cosmética biológica, não só na representação de diversas marcas mas, também, na criação das lojas Organii. A primeira loja abriu em 2009, no Chiado, e foi a primeira loja de cosmética biológica em Portugal.

O que traz de diferente a Organii ao mundo da cosmética?

Nas lojas de cosmética poderão encontrar todo o tipo de produtos, desde a higiene pessoal diária (como pasta de dentes, desodorizantes, gel de banho e champôs) a cosmética mais específica (linhas tratamento específico de pele, maquilhagem, perfumes...).

Somos um espaço com uma oferta de produtos variada e para vários posicionamentos de preço. Assim poderão encontrar desde linhas mais acessíveis à chamada ‘cosmética seletiva’. Tudo isto biológico e certificado. Produtos que respeitam o ambiente, os animais e nós próprios.

Quais são os principais desafios na criação de cosmética orgânica, sustentável e que não faz testes em animais?

Os principais desafios deparam-se com a obtenção de matérias-primas porque estas dependem muito das condições meteorológicas e do modo de produção biológico e também da obtenção de determinada maquinaria e tecnologia que mantenha as propriedades dos ingredientes utilizados.

É fácil competir com as marcas que vendem em supermercados e que já estão presentes na vida das pessoas há mais tempo?

Pensamos de outra forma. Como costumamos dizer não queremos comparar coisas que para nós não têm comparação. Quando compramos um produto com um preço muito baixo sabemos que ele não foi feito dentro da Europa, não foi feito em condições devidas, com produtos de qualidade. O nosso posicionamento é ter uma oferta de qualidade em que é preferível consumir com consciência mas consumir bem.

São os portugueses os vossos melhores clientes ou a procura vem mais do estrangeiro?

Temos cada vez mais clientes portugueses. Os nossos clientes portugueses são clientes cada vez mais informados e conscientes e têm, sem sombra de dúvida, vindo a crescer. Por outro lado, também pela localização das lojas temos muito público estrangeiro.

Quais são os produtos mais requisitados?

Normalmente linhas mais específicas de tratamento (como pele atópica, acne), linhas anti-idade e desodorizantes sem alumínio.

O que ficam os clientes a ganhar quando optam por usar cosmética orgânica?

Sobretudo saúde. Estamos a dar ingredientes que o nosso corpo reconhece e isso não tem preço.