Comércio entre China e países de língua portuguesa caiu 12,25%
O comércio entre a China e os países de língua portuguesa caiu 12,25% nos primeiros sete meses do ano, face ao período homólogo de 2015, indicam dados oficiais hoje divulgados.
© Reuters
Economia Trocas
Segundo estatísticas dos Serviços da Alfândega da China, publicadas hoje no portal do Fórum Macau, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa totalizaram 51,50 mil milhões de dólares (45,79 mil milhões de euros) entre janeiro e julho.
Pequim comprou aos países de língua portuguesa bens avaliados em 35,73 mil milhões de dólares (31,77 mil milhões de euros) -- mais 0,44% -- e vendeu produtos no valor de 15,76 mil milhões de dólares (14,01 mil milhões de euros) -- menos 30,84% face aos primeiros sete meses de 2015.
O Brasil manteve-se como o principal parceiro económico da China, com o volume das trocas comerciais bilaterais a cifrar-se em 38,23 mil milhões de dólares (33,99 mil milhões de euros), valor que traduz uma queda de 9,36% em termos anuais homólogos.
As exportações da China para o Brasil atingiram 11,60 mil milhões de dólares (10,31 mil milhões de euros), menos 33,79%, enquanto as importações chinesas totalizaram 26,63 mil milhões de dólares (23,67 mil milhões de euros), refletindo uma subida de 8%.
Com Angola, o segundo parceiro comercial da China no universo da lusofonia, as trocas comerciais caíram 27,69%, para 9 mil milhões de dólares (8 mil milhões de euros).
Pequim vendeu a Luanda produtos avaliados em 942,8 milhões de dólares (838,38 milhões de euros) -- menos 60,64% face aos primeiros sete meses de 2015 -- e comprou mercadorias avaliadas em 8,05 mil milhões de dólares (7,15 mil milhões de euros), menos 19,84%.
Com Portugal, terceiro parceiro da China no universo lusófono, o comércio bilateral ascendeu a 3,14 mil milhões de dólares (2,79 mil milhões de euros) -- mais 23,13% --, numa balança comercial favorável a Pequim, que vendeu a Lisboa bens na ordem de 2,34 mil milhões de dólares (2,08 mil milhões de euros) -- mais 41,21% -- e comprou produtos avaliados em 799 milhões de dólares (710,50 milhões de euros), menos 10,46%.
Em 2015, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa caíram 25,73%, atingindo 98,47 mil milhões de dólares (90,60 mil milhões de euros ao câmbio da altura), a primeira queda desde 2009.
Os dados divulgados incluem São Tomé e Príncipe, apesar de o país manter relações diplomáticas com Taiwan e não participar diretamente no Fórum Macau.
China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau como a sua plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau (Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa), que reúne a nível ministerial de três em três anos.
A próxima conferência ministerial -- a quinta desde 2003 -- vai realizar-se nos próximos dias 11 e 12 de outubro.
A conferência vai ter por base a iniciativa "Uma Faixa, Uma Rota", estando o foco apontado ao desenvolvimento, "de modo a promover as relações económicas e comerciais entre a China e os países de língua portuguesa", segundo anunciou na quinta-feira o governo de Macau.
"Uma Faixa, uma Rota" é a versão simplificada de "Faixa Económica da Rota da Seda e da Rota Marítima da Seda para o Século XXI", o projeto de investimento impulsionado pela China para reforçar a sua posição como centro comercial e financeiro da Ásia.
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