"Elite angolana usou Portugal como lavandaria e agora as empresas sofrem"
Declarações da coordenadora do Bloco de Esquerda feitas a partir de Rio de Mouro, em Sintra, onde os trabalhadores da empresa Printer estão em protesto devido a salários em atraso.
© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images
Política despedimentos
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, marcou presença, esta quinta-feira 16 de maio, na concentração de trabalhadores da empresa Printer, em Rio de Mouro, Sintra, impedidos de trabalhar e com os salários em atraso desde abril.
Em declarações aos jornalistas, a líder bloquista realçou que o que a administração da empresa está a fazer com os 120 funcionários "é ilegal" e que o Governo deve interferir na situação.
"Se não há dinheiro para pagar aos trabalhadores, a empresa fecha e os trabalhadores vão para o fundo de desemprego. Há mínimos de decência e há condições legais que têm de ser cumpridas. As pessoas não são joguetes, as vidas das pessoas não são descartáveis. Esta é a pior situação, é um limbo e este limbo é ilegal. As empresas não podem fazer isto. É uma greve dos patrões que não é permitida por lei. É preciso que o Governo aja, que obrigue a administração a cumprir a lei", disse, recordando que tal como a Printer, há outras empresas em situação semelhante.
"Estes trabalhadores estão a pagar por uma elite ligada ao regime angolano que usou Portugal para lavar o seu dinheiro, para sua lavandaria. Comprou aqui empresas boas, empresas importantes e agora essas empresas estão a sofrer consequências dos crimes cometidos pelos seus donos", atirou.
Recorde-se que a Printer é detida por Álvaro Sobrinho. No passado mês de abril, a administração fechou a empresa a cadeado, impossibilitando a entrada dos trabalhadores, que não recebem o ordenado desde essa altura.
Os trabalhadores exige respostas da administração e a intervenção do Governo.
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