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AEP leva 9 empresas portuguesas ao Irão em missão após fim das sanções

Nove empresas portuguesas das áreas agroalimentar, têxtil, plásticos técnicos, mobiliário, moldes e tecnologia audiovisual partem na sexta-feira para o Irão na primeira missão promovida pela Associação Empresarial de Portugal (AEP) após o levantamento do embargo internacional ao país.

AEP leva 9 empresas portuguesas ao Irão em missão após fim das sanções
Notícias ao Minuto

11:35 - 18/02/16 por Lusa

Economia Audiovisual

Em declarações à agência Lusa, o presidente da AEP, Paulo Nunes de Almeida, destacou tratar-se já da quinta missão daquela associação à República Islâmica do Irão, que desde 2009 é por ela considerado "um mercado estratégico, jovem e com enorme potencial de consumo".

"Num momento em que poucos países e, no caso português, poucas entidades acreditavam que o Irão pudesse vir a ser um bom parceiro de Portugal, nós investimos no Irão, realizámos várias missões e temos uma excelente relação institucional com o país, até pela criação do Conselho de Negócios Portugal/Irão, há cerca de cinco anos", salientou, acrescentando: "Acho que, hoje, nos dão razão por termos definido essa estratégia".

Recordando que, na última missão ao Irão organizada pela AEP, em novembro passado, "se perspetivava já o levantamento das sanções" ao país - na sequência do acordo nuclear assinado em julho de 2015, em Viena -- Nunes de Almeida diz que desde então se antecipava "que iria haver uma abertura muito grande a esse nível".

"O que neste momento sentimos é que há um clima de confiança grande em relação ao país, mas também notamos, de forma muito acelerada, uma tentativa de outros países lá irem para estabelecerem negócios. Por isso, temos que conseguir fazer valer a posição que conseguimos ter no Irão fruto deste passado dos últimos cinco anos em que fomos um país amigo e parceiro", sustentou.

Segundo dados avançados à Lusa pela AEP, na missão que na sexta-feira ruma a Teerão participam as empresas Azcôa (azeite e óleos alimentares), B. Sousa Dias & Filhos (têxteis-lar), Duofil e Heliroma (plásticos técnicos), Mibilbanho (mobiliário de casa de banho), Pearl Cork (mobiliário predominantemente de cortiça), Plasglass (moldes), The Audiovisual Company (audiovisuais e comunicações) e Azinor (empresa de serviços de comércio internacional), sendo para todas uma estreia no mercado iraniano.

A aposta no Irão, destaca a associação, "representa para as empresas portuguesas a oportunidade de fazerem negócio naquela que é a segunda maior economia da região do Médio Oriente e Norte de África, a seguir à Arábia Saudita", e "um país com 78 milhões de habitantes, o segundo com mais população entre os países desta região, atrás do Egipto".

De acordo com a AEP, do programa económico do Governo iraniano "faz parte a aposta no desenvolvimento de uma economia robusta, a evolução ao nível da ciência e tecnologia e a promoção de uma cultura de excelência", caracterizando-se a economia local por ser "muito dependente da indústria dos hidrocarbonetos, tendo as receitas do petróleo um peso considerável nas receitas do Orçamento do Estado".

Apesar de atualmente ainda pouco significativas -- dados da Agência Portuguesa para Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) referem que em 2014 Portugal era o 31.º cliente do Irão, com uma quota de 0,06%, e o 59.º fornecedor, com apenas 0,02% - as relações comerciais luso-iranianas são apontadas como tendo agora "potencial para crescer".

"Fruto do embargo internacional, as exportações portuguesas de bens para o Irão diminuíram de 2010 para 2014, passando de 37,4 milhões de euros para sete milhões de euros. A taxa média de crescimento anual ao longo do período 2010-2014 foi negativa em 29,4%. No entanto, os dados das exportações apontam para uma evolução positiva no decorrer de 2015, com as exportações portuguesas para o mercado iraniano a atingirem os 18,8 milhões de euros até novembro, mais do que duplicando o valor total de 2014", informa a AEP.

Quanto às importações, também diminuíram, de 108,8 milhões de euros em 2010 para 4,3 milhões de euros em 2011, mas em 2014 recuperam e atingiram os 30,6 milhões de euros.

Segundo a AICEP, Portugal exportou para o Irão sobretudo máquinas e aparelhos, 26,8% do total em 2014, pastas celulósicas e papel (15,8%), madeira e cortiça (15,6%), metais comuns (12,7%) e produtos químicos (10,4%). Estes grupos de produtos representaram cerca de 81% do valor das exportações.

Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que em 2014 foram 89 as empresas portuguesas exportadoras para o Irão, o que compara com as 113 empresas de 2010 e as 125 empresas de 2011.

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