Meteorologia

  • 17 MAIO 2024
Tempo
13º
MIN 12º MÁX 21º

Problemas no GES são "abscesso" no caminho de Portugal para a retoma

Os problemas que vive o Grupo Espírito Santo (GES) são um "abscesso" no percurso que Portugal está a fazer para reconquistar a credibilidade internacional e voltar ao crescimento económico, disse hoje o presidente do Banco BPI.

Problemas no GES são "abscesso" no caminho de Portugal para a retoma
Notícias ao Minuto

20:50 - 10/07/14 por Lusa

Economia Ulrich

"É um abscesso na caminhada de Portugal rumo à credibilidade e crescimento", afirmou o banqueiro, durante a sua intervenção num evento em Lisboa, acrescentando que "é preciso tirar isto dos holofotes".

Fernando Ulrich disse esperar que o Banco Espírito Santo (BES), cuja negociação das ações em bolsa esteve hoje suspensa à espera de um comunicado com informação relevante, quando libertar este documento, "seja suficientemente esclarecedor".

Sobretudo sobre "três pontos que têm de ser explicados de uma forma que permita que até os alunos da quarta classe compreendam", considerou.

O primeiro prende-se com o BES Angola e a garantia dada pelo Estado angolano a boa parte do crédito concedido pela entidade naquele país.

"Há a questão da garantia do Estado angolano. Mas só isso não aguenta a credibilidade. Pode segurar durante uma ou duas semanas, mas não mais do que isso. Dizer que o Estado angolano deu uma garantia a 70% da carteira de crédito do BES Angola (no valor de 4,2 mil milhões de euros) é uma foto", sublinhou.

"Depois, é preciso fazer o filme inteiro. É legítimo questionar se algum Estado dá uma garantia de 70% sobre uma carteira de crédito sem pedir nada em troca", vincou o presidente do BPI.

"Já se fala da nacionalização do BES Angola. Se acontecer, o BES perde uma importante fonte de receitas. Os analistas querem saber o que se vai passar", disse Ulrich.

O segundo ponto é o investimento de 900 milhões de euros feito pela Portugal Telecom (PT) em papel comercial da Rioforte, empresa do GES.

"A questão que se coloca é se a PT vai ser paga ou não. Façam as contas e expliquem o que isto pode significar", assinalou.

Por fim, Ulrich destacou que é preciso saber "o que se passa no banco para cima", isto é, nas 'holdings' do GES.

"Tem que haver uma explicação, mas com números, setinhas e gráficos. Dizer que está tudo bem não chega. Quando já se sabe que há um problema e é grande, explique-se", atirou o gestor.

[Notícia atualizada às 21h41]

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório