Maria do Rosário Ramalho esteve a ser ouvida na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, por causa da situação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), tendo criticado os aumentos da massa salarial perante a situação financeira da instituição.
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social disse que lhe pareceu "muito bem" a negociação com os sindicatos para um Acordo de Empresa, mas chamou a atenção que isso pressupõe que "uma empresa em restruturação aumente em média os trabalhadores 6,2%.
"A senhora provedora ocultou-me a informação de que fez dois acordos, com o pessoal de enefermagem e os médicos que prevê um aumento de 20%, 10% no ano de 2024 e mais 10% ni ano de 2025", revelou Maria do Rosário Ramalho.
"Compromete a Santa Casa para encargos futuros", criticou.
Em resposta ao facto de ter dito, numa entrevista ao canal de televisão RTP, que os membros da Mesa se beneficiaram com aumentos nos próprios vencimentos, a ministra explicou que se referiu ao facto de entre 2022 e 2023 os órgãos sociais terem sido aumentados em 20%.
Por outro lado, defendeu que o despacho que decorre dos estatutos da SCML, e que sustenta os aumentos, diz que os eles são feitos por referência ao estatuto do gestor público e não por indexação.
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