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BCE conhece riscos de inflação, mas reafirma meta de 2%

O presidente do Banco Central Europeu afirmou hoje que a instituição conhece os riscos de um período demasiado longo de baixa inflação, reiterando, no entanto, que está confiante de que a meta de 2% será atingida a médio prazo.

BCE conhece riscos de inflação, mas reafirma meta de 2%
Notícias ao Minuto

16:10 - 27/05/14 por Lusa

Economia Mario Draghi

"Conhecemos os riscos de um período demasiado longo de baixa inflação", disse Mario Draghi, no debate que encerra a conferência organizada pelo Banco Central Europeu (BCE) e que desde domingo junta vários líderes internacionais e economistas em Sintra.

O presidente do BCE respondia, assim, à posição do prémio Nobel da Economia de 2008, Paul Krugman, que defendeu esta manhã que os bancos centrais "têm de ser agressivos" na ação para evitar a "armadilha de baixa inflação", como aconteceu no Japão durante mais de uma década, e reafirmou que o BCE devia alterar a "misteriosa doutrina" dos 2% a médio prazo.

Para Krugman, os bancos centrais "estão em negação" ao acreditarem que o pleno emprego é possível com uma inflação de 2%, defendendo que essa taxa "tem de ser maior", uma vez que se funcionou no passado já não funciona.

"Se for como sugere Paul Krugman, estava a pensar no que é que ia significar para a Alemanha ter uma taxa de inflação de 5%. Não estou a ver isso [acontecer]", disse Mario Draghi.

O presidente do BCE disse ainda, quanto aos riscos apontados de manhã por Krugman, que "não vê que os efeitos da deflação, como o típico comportamento que a caracteriza, de adiar o consumo", esteja a acontecer.

Por outro lado, o responsável italiano reafirmou "estar confiante" de que o BCE vai acalçar a meta de 2% de inflação no médio prazo, ainda que, por agora, esteja abaixo dessa meta. Segundo os dados do Eurostat, a inflação na zona euro fixou-se nos 0,7% em abril.

Já na segunda-feira, Draghi tinha dito na conferência em Sintra que admitia que a "baixa inflação seja prolongada, mas que volte gradualmente aos 2%" e garantido que a instituição está "particularmente atenta" à possibilidade de uma "espiral negativa" entre uma inflação baixa e as expectativas decrescentes da inflação e do crédito, "em particular nos países sob 'stress'".

"Há um risco de as expectativas desinflacionistas se materializarem. Isto pode levar as famílias e as empresas a adiarem a despesa num ciclo clássico de deflação", alertou Mario Draghi, que disse ainda que "as restrições de crédito estão a pôr um travão na recuperação dos países sob 'stress', o que acrescenta pressões desinflacionistas".

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