"Saída deverá ser a que menos custos implicar para o povo"
O cabeça de lista do Movimento Partido da Terra (MPT) às eleições europeias, Marinho Pinto, defendeu hoje que a saída de Portugal do programa de assistência financeira deverá ser a que "menos custos implicar para o povo português".
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Economia Marinho Pinto
"A saída deverá ser aquela que menos custos implicar para o povo português. Foi o povo português, o setor mais frágil da população, que pagou essencialmente esta crise, a grande fatia desta crise", disse à agência Lusa Marinho Pinto, durante uma visita à feira agropecuária Ovibeja.
Segundo Marinho Pinto, a saída de Portugal do programa "deve ser uma saída que desonere os portugueses", sobretudo pensionistas, reformados, trabalhadores por conta de outrem e funcionários públicos, "dos imensos sacrifícios que lhes foram impostos" e "da apropriação, em muitos casos chocante, dos seus rendimentos".
"Uma saída limpa é aquela que serve mais os objetivos propagandísticos do Governo. Não tenho a certeza se será a que terá menos custos para o povo português", considerou o também ex-bastonário da Ordem dos Advogados.
De acordo com Marinho Pinto, "um programa cautelar, uma saída moderada, sustentada, apoiada pela União Europeia e pelo Banco Central Europeu, poderá não permitir tanta propaganda ao Governo, poderá favorecer mais o PS e outros partidos da oposição, mas poderá ser mais favorável ao povo português".
"É uma questão não é tanto a saída limpa ou com programa cautelar. É uma questão de ponderar aquilo que menos custos terá para o povo", insistiu.
Na terça-feira, o ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, disse que a decisão final do Governo sobre como Portugal sairá do programa de assistência financeira será comunicada ao país até domingo.
Segundo o ministro, Portugal, tal como a Irlanda, está a ser "prudente" e a tomar o seu tempo para decidir entre uma saída limpa ou solicitar um programa cautelar.
Na visita à Ovibeja, Marinho Pinto, que se candidata pelo MPT às eleições para o Parlamento Europeu, a 25 de maio deste ano, defendeu também que "é preciso políticas, quer de Portugal, do Governo português, quer da União Europeia, que favoreçam o desenvolvimento das imensas potencialidades de regiões como o Alentejo".
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