Cereais? Produção outono/inverno "das mais baixas dos últimos 35 anos"
A produção de cereais no outono/inverno foi "das mais baixas dos últimos 35 anos", revelou o INE, esta sexta-feira. Já a colheita da maçã foi a segunda "mais produtiva" também dos últimos 35 anos.
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Economia Cereais
A produção de cereais no outono/inverno foi das mais baixas dos últimos 35 anos, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta sexta-feira, nas Estatísticas Agrícolas.
"No ano agrícola 2020/2021, a produção de cereais de Outono/Inverno foi de 189,2 mil toneladas, uma das mais baixas dos últimos 35 anos, reflexo de uma redução quase generalizada em todas as espécies. A produção de cereais de Primavera/Verão aumentou 10,3% no milho e 32,5% no arroz", revela o INE.
Contudo, nem tudo são más notícias: A produção de maçã alcançou as 368,2 mil toneladas, "a segunda colheita mais produtiva dos últimos 35 anos, a produção de kiwi ultrapassou pela primeira vez as 55 mil toneladas e a campanha da cereja foi a mais produtiva dos últimos 49 anos".
"A entrada em produção de novos amendoais intensivos contribuiu para um aumento de produção de 31,1%, atingindo as 41,5 mil toneladas de amêndoa", indica ainda o INE.
A produção de vinho aumentou 14,7%, alcançando os 7,2 milhões de hectolitros, volume superior à média dos últimos cinco anos (6,4 milhões de hectolitros) e a produção de azeite disparou para um máximo histórico de 2,29 milhões de hectolitros.
Ainda em 2021, o número de incêndios rurais em Portugal foi de 8.230, menos 15% de ocorrências face a 2020 e a área ardida foi 28,47 mil hectares, "a segunda mais baixa da última década", revela o INE.
O défice da balança comercial dos produtos agrícolas e agroalimentares totalizou 3.845,9 milhões de euros em 2021, um agravamento de 401,6 milhões de euros face ao ano anterior, principalmente devido à evolução dos cereais (aumento do défice em 154,6 milhões de euros).
"A diminuição na produção (-8,1%) e nas exportações (-4,5%) e a manutenção nas importações, agravaram o grau de autoaprovisionamento dos cereais (exceto arroz), que em 2021 foi 19,4%", sublinha ainda a agência de estatísticas portuguesa.
[Notícia atualizada às 11h18]
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