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Empresas devem apostar nos benefícios à importação em Angola

O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola considerou hoje que as empresas portuguesas devem apostar na venda de produtos às províncias angolanas que oferecem bonificações à importação para se manterem competitivas face à nova pauta aduaneira.

Empresas devem apostar nos benefícios à importação em Angola
Notícias ao Minuto

10:01 - 22/02/14 por Lusa

Economia Câmara de comércio

Em declarações à Agência Lusa, Carlos Bayan Ferreira explicou que uma das soluções que as empresas portuguesas exportadoras para Angola devem estudar é o sistema fiscal das províncias do interior, que oferece bonificações às importações, e assim contornar a previsível subida de preços na maioria dos produtos, no âmbito da nova pauta aduaneira em Angola.

"As empresas exportadoras devem (...) lembrar-se que já há infraestruturas suficientes para explorar esse nicho de mercado em franca expansão e pensar que é preciso procurar nichos de mercado onde a aposta na qualidade seja o fator diferenciador face a exportadores de outros países", disse Bayan Ferreira.

Segundo o responsável, nessas províncias interiores "os investidores até encontram melhores condições do que em Luanda, que está saturada em vários aspetos".

Admitindo que, numa primeira fase, os preços vão aumentar em Angola, Bayan Ferreira salientou que o objetivo principal é mesmo tentar convencer as empresas a passarem de exportadores para investidores.

"A nova pauta vai aumentar os preços em Angola porque ainda não há a capacidade de produzir localmente uma boa parte do que o país necessita, mas o grande objetivo é que a produção passe a ser local, e isso, a prazo, vai levar a que se produza mais no país e que Angola seja mais competitiva, porque uma das razões para não haver tanta produção local é a falta de variedade e qualidade que o consumidor angolano quer", disse.

A ideia de que é preciso uma grande transformação para conseguir manter o volume de exportações para Angola face aos aumentos tarifários impostos às importações é errada, disse o presidente da câmara de comércio, salientando que "há alguns anos, as exportações portuguesas para Angola eram lideradas pelos produtos alimentares, mas hoje em dia quem chefia o pelotão é a categoria de máquinas e equipamentos".

Para Bayan Ferreira, isto mostra a "evolução importante" no perfil das exportações e revela também que "a produção local pode ser complementada e até ajudar as exportações, porque são precisas máquinas e equipamentos para produzir um conjunto importante de produtos".

A nova pauta aduaneira de Angola visa "promover a produção nacional e o desenvolvimento económico sustentável", apostando na "continuidade da reconstrução nacional e diversificação da economia", argumentou o Governo angolano, no decreto legislativo presidencial que atualiza as tarifas alfandegárias.

No documento publicado em Diário da República em novembro, explica-se que "a atualização da pauta aduaneira insere-se no esforço do poder executivo para dotar o país de um sistema aduaneiro moderno, capaz de dar resposta aos desafios do seu desenvolvimento económico e social através, nomeadamente, do fomento da produção nacional, da atração do investimento e da promoção do emprego da mão-de-obra nacional".

Genericamente, a pauta aumenta o imposto máximo de 30 para 50% e penaliza principalmente os bens e mercadorias que já têm concorrência produzida localmente, com especial destaque para o tabaco, as bebidas alcoólicas e os produtos de luxo.

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