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"Estão agarrados ao poder"

Antes do final da Assembleia Geral da Liga, presidente do Vitória de Guimarães confessou que "o futebol português caminha para o abismo" e não sabe "onde isto vai parar"

"Estão agarrados ao poder"
Notícias ao Minuto

21:37 - 20/06/14 por O Jogo

Desporto Júlio Mendes

Júlio Mendes foi o porta-voz dos cinco clubes que abandonaram a Assembleia Geral Extraordinária desta sexta-feira por não "reconhecerem legitimidade à Mesa da Assembleia Geral da Liga, tendo saído com uma declaração de voto", informou o presidente do Vitória de Guimarães.

Além do Vitória de Guimarães, também FC Porto, Rio Ave, Estoril e Académica decidiram não participar na votação da alteração ao modelo competitivo da II Liga.

"Esta Liga não tem legitimidade, a Federação tem de pôr termo a isto", defendeu Júlio Mendes para quem "as pessoas que presidiram" à Assembleia Geral, designadamente o presidente da Mesa, José Manuel Falhas da Costa, não estavam legitimadas para tal.

"Decidimos não participar na assembleia por não reconhecer legitimidade à Mesa - saímos com uma declaração - e porque as pessoas que estavam a presidir aos trabalhos recusaram aceitar uma citação do tribunal que as obriga a não dirigir aos trabalhos, por via de uma providência cautelar interposta pelo Vitória Sport Clube. A providência cautelar diz que não se desse legitimidade a esta Mesa para dirigir os trabalhos e portanto foi proposto que os trabalhos fossem dirigidos pelos próprios associados conforme está previsto nos Estatutos (ponto 4 do artigo 28º] e propusemos que as pessoas abandonassem a assembleia", referiu.

Júlio Mendes criticou mais uma vez a atitude de quem está na Liga.

"As pessoas agarram-se a fundamentos disparatados para recusar cumprir uma ordem judicial e estão agarrados a uma lógica e a um poder que os associados não entendem. O futebol português caminha para o abismo. Numa outra situação alguém já tinha sido preso. Tenho receio que isto acabe mal. As contas não estão aprovadas e continuam a passar cheques. Não sei onde isto vai parar", salientou o presidente do Vitória de Guimarães, que não exclui a possibilidade de os clubes optarem "pela greve se esta situação se mantiver".

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