Newcastle exibe fulgor financeiro em mercado invernal ainda comedido

O Newcastle, novo-rico do futebol inglês, correspondeu à promessa de agitar a reabertura do mercado de transferências, que fechou na segunda-feira, ao contrariar com bolsos abastados a retração ditada pela pandemia de covid-19.

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Lusa
01/02/2022 11:00 ‧ 01/02/2022 por Lusa

Desporto

Mercado de Transferências

Adquiridos em outubro de 2021 pelo consórcio PCP Capital Partners, de Mohammed Bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita, os 'magpies' gastaram 102,1 milhões de euros (ME), superando num mês a verba gasta em cada uma das últimas cinco épocas.

Bruno Guimarães (ex-Lyon, 42,1 ME), Chris Wood (ex-Burnley, 30 ME), Kieran Trippier (ex-Atlético de Madrid, 15 ME), Dan Burn (ex-Brighton, 15 ME) e o emprestado Matt Targett (ex-Aston Villa) foram as apostas do Newcastle para fugir à descida da 'Premier League', que voltou a dominar em despesas e receitas entre os diversos campeonatos.

Com 335,42 ME investidos, bem acima dos 96,74 desembolsados no período homólogo de 2020/21, a Liga inglesa assistiu ainda ao 'raide' do Everton por Vitaliy Mykolenko (ex-Dínamo de Kiev, 23,5 ME) e Dele Alli (ex-Tottenham, sem custos adicionais) e sobre os cedidos Donny van de Beek (ex-Manchester United) ou Anwar El Ghazi (Aston Villa).

Se Manchester City e Liverpool acolheram apenas Julián Alvarez (ex-River Plate, 17 ME) e Luis Díaz (ex-FC Porto, 45 ME), respetivamente, o Arsenal, clube mais gastador no verão, só comprou Auston Trusty (ex-Colorado, 1,82 ME) e libertou Calum Chambers rumo ao Aston Villa, nova 'casa' de Philippe Coutinho, emprestado pelo FC Barcelona.

Rodrigo Bentancur, a troco de 19 ME, e Dejan Kulusevski, com uma taxa de empréstimo de 10 ME, mudaram-se da Juventus para o Tottenham, enquanto Chiquinho (ex-Estoril Praia, por 3,5 ME) elevou o contingente português no Wolverhampton, de Bruno Lage.

Num mês sem entradas no Chelsea e no Manchester United, o Brentford fez regressar à 'Premier League' Christian Eriksen (ex-Inter Milão), alvo de uma paragem cardíaca no Euro2020, que estava impedido de competir com um desfibrilhador interno em Itália.

Da 'Serie A' chegou o terceiro maior negócio da história num mercado de inverno, com Dusan Vlahodic a trocar a Fiorentina pela Juventus, por 81,6 ME, num pódio liderado por Philippe Coutinho (135 ME, do Liverpool para o FC Barcelona), à frente de Virgil van Dijk (84,65 ME, do Southampton para o Liverpool), duas mudanças efetuadas em 2017/18.

Os 'bianconeri' apostaram ainda em Denis Zakaria (ex-Borussia Mönchengladbach, 8,6 ME) e Federico Gatti (ex-Frosinone, 7,5 ME), ao passo que a venda mais avultada da história dos 'viola' ajudou a financiar o empréstimo de Krzysztof Piatek (ex-Hertha Berlim) e as compras de Arthur Cabral (ex-Basileia, 14 ME) e Jonathan Ikoné (ex-Lille, 14 ME).

Robin Gosens (ex-Atalanta) e Felipe Caicedo (ex-Génova) reforçaram o Inter Milão por empréstimo, estratagema através do qual Jérémie Boga (ex-Sassuolo) e Valentin Mihaila (ex-Parma) rumaram à Atalanta e Axel Tuanzebe (ex-Manchester United) ao Nápoles.

Jovane Cabral (ex-Sporting) foi cedido à Lazio e Sérgio Oliveira (ex-FC Porto) e Ainsley Maitland-Niles (ex-Arsenal) à Roma, de José Mourinho, com Nani a chegar a custo zero ao Veneza e o Milan a despender quatro ME por Marko Lazetic (ex-Estrela Vermelha).

Crescimento mais comedido do que a Liga Italiana (de 85,16 ME para 174,85 ME) em relação à época passada teve o campeonato espanhol (de 20,75 ME para 75,35 ME), ressaltando os 55 ME pagos pelo FC Barcelona ao Manchester City por Ferran Torres.

Os 'culés', mergulhados numa crise financeira, acertaram ainda os regressos de Daniel Alves e Adama Traoré, cedido pelo Wolverhampton, ao passo que Sergio Agüero acabou a carreira devido a uma arritmia cardíaca e Yusuf Demir já foi devolvido ao Rapid Viena.

O Real Madrid não comprou pelo segundo inverno seguido, mas o Atlético de Madrid foi buscar Daniel Wass (ex-Valência, 2,7 ME) e Reinildo (ex-Lille, três ME) e o Sevilha Jesús Corona (ex-FC Porto, três ME) e Anthony Martial, emprestado pelo Manchester United.

A escassez de negócios robustos abriu margem à abundância de cedências temporárias, que colocaram Rafinha (ex-PSG) na Real Sociedad, Ilaix Moriba (ex-Leipzig) e Bryan Gil (ex-Tottenham) a caminho do Valência e Giovani Lo Celso (ex-Tottenham) no Villarreal.

Já a 'Ligue 1' (de 17,8 ME para 66,42 ME) registou uma proporção idêntica à 'La Liga' na evolução anual de gastos, mas foi o único dos cinco principais campeonatos europeus a entrar em fevereiro com saldo positivo, muito graças à saída de Bruno Guimarães do Lyon, que também viu partir a custo zero Marcelo (Bordéus) e Islam Slimani (Sporting).

Em sentido inverso, os 'gones' recrutaram Romain Faivre (ex-Brest, 15 ME) e fizeram regressar Tanguy Ndombélé por empréstimo do Tottenham, perante a ausência de reforços no PSG e a aposta do Marselha a custo zero em Cédric Bakambu (ex-Beijing).

Ao Lille chegou Hatem Ben Arfa, outro atleta que estava livre de compromissos, e Edon Zhegrova (ex-Basileira, sete ME), com o Mónaco a limitar-se à aquisição de Vanderson (ex-Grêmio, 11 ME), refletindo um mês pouco agitado em França, como na Alemanha.

Mesmo com uma ligeira subida de despesa (de 49,15 ME para 61,70 ME), a 'Bundesliga' viu Bayern Munique, Borussia Dortmund e Leipzig manterem os plantéis praticamente inalterados, com o Bayer Leverkusen a adquirir Sardar Azmoun (ex-Zenit, quatro ME).

Jonas Wind (ex-Copenhaga, 12 ME) foi escolhido pelo Wolfsburgo para suprir a partida tardia de Wout Weghorst (Burnley, 14 ME), enquanto Ricardo Pepi (ex-Dallas, 16,36 ME) chegou ao Augsburgo como reforço mais dispendioso da Liga germânica em janeiro.

O mercado de transferências continua ativo em países como Turquia, Roménia, Hungria, Suíça, Rússia, Argentina, Polónia, Ucrânia ou Brasil, mas incapaz de demover a pujança de Inglaterra, que pagou pouco menos que as restantes quatro principais ligas juntas.

Vários atletas terminam contrato no final da época e podem assinar a custo zero com outro clube, como Kylian Mbappé (PSG), Paul Pogba (Manchester United) ou Paulo Dybala (Juventus), sendo que Pierre-Emerick Aubameyang está prestes a ser anunciado pelo FC Barcelona, depois de ter sido suspenso pelo Arsenal e rescindido contrato.

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