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"O Brasil precisa da Universidade de Coimbra como nunca"

A artista Adriana Calcanhotto afirmou hoje que o Brasil "precisa da Universidade de Coimbra como nunca", considerando que a instituição portuguesa pode ajudar o seu país na educação, que está a viver "uma tragédia anunciada".

"O Brasil precisa da Universidade de Coimbra como nunca"
Notícias ao Minuto

21:20 - 22/02/17 por Lusa

Cultura Adriana Calcanhotto

A cantora brasileira, que se estreou hoje como professora por um semestre na Universidade de Coimbra, mostrou-se disposta para "o que for necessário", por forma a que a instituição que agora a acolhe possa "inspirar os estudantes brasileiros" à "transmissão do conhecimento, ao amor pela transmissão do conhecimento".

Adriana Calcanhotto, que falava aos jornalistas, considerou que o Brasil está "a viver uma tragédia anunciada" na educação, tendo "perdido gerações", sublinhando que a Universidade de Coimbra (UC) pode ajudar nessa matéria.

Questionada pela agência Lusa, afirmou que o executivo liderado pelo presidente Michel Temer "não dá sinais melhores" nesta área.

A artista brasileira considera, no entanto, que o resultado não é de agora, "mas uma coisa de muitos anos, infelizmente".

Adriana Calcanhotto deu hoje a 'masterclass' "Eu ando pelo mundo", a primeira de muitas iniciativas da embaixadora da UC no Brasil, que vão decorrer durante este semestre, entre aulas abertas, palestras, ateliês e exposições.

A professora convidada da Faculdade de Letras deu uma aula centrada no seu percurso enquanto artista, classificando-a de "eu, eu, eu".

"Era difícil falar de mim própria", notou a artista, realçando que as outras aulas serão sobre assuntos que gosta de estudar e de pensar, como a poesia brasileira e portuguesa e a alta poesia veiculada pela música - desde a Grécia até "ao fenómeno que se dá no Brasil".

Calcanhotto falou deste semestre como uma "maravilha" que está a viver, por poder dar "aulas sobre coisas que não se ensinam", pela "oportunidade de conviver com os professores" e de frequentar bibliotecas, bem como pela possibilidade de aprofundamento da "relação entre a Universidade de Coimbra e o Brasil".

A artista brasileira contou com um auditório meio cheio, com muitos estudantes brasileiros, entrecortando a aula com algumas músicas, apenas acompanhadas de viola, como "Devolva-me", "Esquadros" ou "Traduzir-se".

O Brasil é a origem da maioria dos estudantes que têm ingressado na Universidade de Coimbra ao abrigo do estatuto do estudante internacional, em que os alunos pagam cerca de sete mil euros de propinas, contra pouco mais de mil euros para portugueses.

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