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Buraka: A "prata da casa" que surpreendeu

Chegou hoje às bancas o novo álbum dos Buraka Som Sistema, “o resultado de oito anos de estrada e de mais de 800 concertos que permitiram que a banda ganhasse maturidade” e que seja hoje identificada não por uma mistura de estilos mas por um “estilo próprio”, como contaram em entrevista ao Notícias ao Minuto os elementos da banda que é “presença assídua no iPod de Ronaldo”.

Notícias ao Minuto

14:28 - 23/06/14 por Goreti Pera

Cultura Novo álbum

Depois de oito anos de estrada, mais de 800 concertos dados por todo o mundo e dois álbuns de sucesso, os Buraka Som Sistema acabam de lançar o seu terceiro disco editado em estúdio.

Chegou hoje à bancas ‘Buraka’, que permite “descobrir que a prata da casa consegue trabalhar sozinha” e que é “pouco marcado pela presença de convidados e pela mistura de estilos, mas por um estilo próprio, que já é possível identificar em 10 segundos de cada tema”, como contou ao Notícias ao Minuto o elemento da banda Riot.

Mas como é que nasceu este grupo, que “apanhou Portugal e o mundo desprevenidos”, ao criar uma mistura de estilos musicais estranha, mas explosiva? “É um projeto que só poderia ter nascido na Amadora (Lisboa), pela quantidade de pessoas que vêm de Angola, Moçambique, Cabo Verde e Índia, misturadas com portugueses”, explicou.

“Eu e o João crescemos na Amadora e fomos à escola com colegas que ouviam heavy metal, outros ouviam funaná e outros ouviam kuduro. Decidiram experimentar e brincar com outros ritmos com os quais crescemos: techno, house, drum & bass”, acrescentou Riot, um dos mentores do projeto.

As valências de cada um dos elementos do grupo tornam a sua música única. Enquanto Riot traz uma “parte mais rítmica e técnica” aos Buraka e tem “paciência para ficar duas horas a equalizar um som”, Branko distingue-se pelas “melodias de voz e ideias para as letras das músicas”. Por sua vez, a “programação melódica” é o maior contributo de Conductor, “muito bom a estruturar músicas”, com Kalaf a dar de si a “parte mais poética e profunda das letras”. Já a vocalista, Blaya, é vista como um elemento de “sensualidade e mobilidade”.

A aventura começou em 2006, com o lançamento do EP ‘From Buraka to the World’, que permitiu à banda “explodir repentinamente em Portugal e pelo mundo fora, quase paralelamente”, com a internet e dar um “forte contributo”.

Hoje, contam concertos pelos ‘quatro cantos’ do mundo, com destaque para alguns, que guardam na memória com um carinho especial: “Recordamo-nos da primeira vez que atuámos no Japão, porque foi muito emotivo. E no Monte Fuji, no ‘Fuji Rock’. Eles são completamente loucos e foi espetacular. Em Bogotá, num festival com mais artistas, tocámos para 210 mil pessoas. Nunca tinha tocado para tanta gente. Não percebíamos onde é que acabava o público”, confessaram.

Na semana passada, os Buraka Som Sistema juntaram-se a Cristiano Ronaldo, dando música ao anúncio da chuteira desenhada pelo craque português.

“Sabemos que somos uma presença assídua no iPod do Ronaldo, fazemos parte da lista de músicas que ele ouve. Ele é nosso fã e nós somos fãs do Ronaldo”, contaram, rematando que “faz sentido termos uma das melhores bandas de Portugal a tocar com o melhor jogador do mundo”.

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