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PSD acusa Gaia de "mentir" sobre poupança com festival

O vereador PSD da Câmara de Gaia, Firmino Pereira, acusou hoje o presidente socialista desta autarquia de estar a "mentir" sobre a comparticipação do Festival Marés Vivas, mas o visado garante que está a "poupar" face a edições anteriores.

PSD acusa Gaia de "mentir" sobre poupança com festival
Notícias ao Minuto

20:47 - 05/04/14 por Lusa

Política Marés Vivas

"Sei que o presidente da Câmara afirmou à PEV [PEV Entertainment - promotora responsável pelo festival] que não reduziria o valor do subsídio do evento, portanto sou levado a concluir que o presidente da Câmara está a mentir aos gaienses e o dinheiro vai aparecer de uma outra forma que iremos descobrir no futuro", disse à Lusa Firmino Pereira.

Estas declarações surgem na sequência da notícia avançada sexta-feira pela Lusa de que a autarquia de Gaia se prepara para comparticipar a 12.ª edição do Festival Marés Vivas, que se realiza entre 17 e 19 de julho na praia do Cabedelo, em 175 mil euros.

O presidente da Câmara, o socialista Vítor Rodrigues, referiu que "em 2013 o Marés Vivas foi comparticipado através de duas deliberações, uma de 250 mil euros mais quase 80 mil, o que dá 330 mil euros", pelo que garante haver uma "poupança de cerca de metade".

Firmino Pereira lamentou, também, aquilo que diz ser o "pior cartaz dos últimos anos" do Marés Vivas, criticando a opção da Câmara de entregar à produtora a decisão sobre que bandas convidar.

"Claro que um presidente de Câmara que é sociólogo não tem de saber de música mas a promotora vendeu-lhe bandas que transformam o festival em demasiado fraco para o patamar do Marés Vivas", disse Firmino Pereira, argumento que Vítor Rodrigues considerou "discutível".

Sobre a reunião de Câmara de segunda-feira, o vereador social-democrata avançou que pretende fazer dois requerimentos.

"Vou solicitar a consulta de um contrato que está a ser feito pelas Águas de Gaia com a empresa de recolha de lixos SUMA por mais dez anos que totaliza um valor de 150 milhões de euros a dar àquela empresa do Grupo Mota-Engil (...). Vou pedir a consulta ao processo e caso tenha dúvidas irei solicitar esclarecimentos ao Tribunal de Contas", adiantou.

Firmino Pereira defende que antes de avançar com uma "prorrogação de contrato" a Águas de Gaia "devia abrir um concurso porque os preços concorrenciais de mercado poderiam ser benéficos para o Município".

A propósito deste pedido de esclarecimentos, Vítor Rodrigues negou que esteja em curso uma "renegociação" com a SUMA e acusou Firmino Pereira de estar "desesperado": "É uma atoarda que vem de alguém que está desesperado e está a perceber que estão a vir à tona os legados que ele deixou enquanto vice-presidente".

O segundo requerimento dirá respeito à chaminé do Fojo, pois Firmino Pereira diz causar-lhe "estranheza" que os técnicos municipais tenham "mudado de opinião quanto à demolição" de um equipamento que era "considerado de interesse patrimonial" por constituir um "registo da atividade de cerâmica naquele local [freguesia de Canidelo]", tendo permitido agora a sua demolição.

"Os técnicos chegaram a defender a manutenção da chaminé, inviabilizando vários negócios. Agora a chaminé foi demolida e aparece um promotor", disse Firmino Pereira.

Sobre esta matéria, o presidente da Câmara de Gaia garantiu que o processo de demolição foi "legitimado" pelo Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto e acrescentou que "a chaminé estava com fendas, logo com algum nível de perigosidade".

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