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CEMA. PAN lamenta que Gouveia e Melo tenha sido envolvido em polémica

O PAN considerou hoje "infeliz" o envolvimento pelo Governo do vice-almirante Gouveia e Melo na sucessão da chefia do Estado Maior da Armada e criticou a forma "pouco digna" como o atual detentor do cargo foi tratado.

CEMA. PAN lamenta que Gouveia e Melo tenha sido envolvido em polémica
Notícias ao Minuto

16:38 - 30/09/21 por Lusa

Política CEMA

Esta posição foi manifestada pela porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, numa declaração em que manifestou apoio à proposta do PSD no sentido de que o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, esclareça no parlamento "os equívocos" no processo de substituição da chefia do Estado Maior da Armada.

"Até porque esta demissão [na chefia da Armada] pode ter subjacente uma discordância política em torno da reestruturação das Forças Armadas. Para o PAN, deve sempre haver espaço para que as instituições, mesmo no caso das Forças Armadas, manifestem uma eventual posição divergente", completou Inês de Sousa Real.

Perante os jornalistas, a porta-voz do PAN classificou como "infeliz que a atribulada sucessão do chefe de Estado Maior da Armada ocorra por via do vice-almirante Gouveia e Melo, alguém que teve um papel inexcedível no plano de vacinação".

"De forma alguma deveria ficar beliscado, ou ficar com um sabor agridoce, precisamente por causa desta polémica. Sabemos que é uma pessoa equidistante, capaz de se distanciar do poder político. No entanto, não deixa de ser infeliz que esta nomeação surja no contexto desta polémica", declarou a responsável do PAN.

Em relação ao vice-almirante Gouveia e Melo e ao atual detentor do cargo de chefe de Estado-Maior da Armada, almirante Mendes Calado, Inês de Sousa Real foi ainda mais longe, criticando o Governo.

"Achamos que não era a dignidade que merecia alguém que teve um papel inexcedível no combate à pandemia. Mas também no caso do chefe de Estado Maior da Armada, pensamos que não é uma forma digna de tratar alguém que esteve ao serviço do país nestas funções", frisou.

Na terça-feira à noite, fontes ligadas à Defesa Nacional disseram à agência Lusa que o Governo iria propor ao Presidente da República a exoneração do chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Mendes Calado, cargo que ocupa desde 2018, tendo sido reconduzido para mais dois anos de mandato com início em março deste ano.

A agência Lusa noticiou também que o Governo o vice-almirante Gouveia e Melo, que coordenou a equipa responsável pelo plano de vacinação nacional contra a covid-19, era o nome que o Governo iria propor para substituir o atual chefe do Estado-Maior da Armada.

Na quarta-feira, após uma visita à Casa do Artista, em Lisboa, o Presidente da República afirmou que a saída do chefe do Estado-Maior da Armada, almirante António Mendes Calado, antes do fim do mandato está acertada, mas não acontecerá agora, escusando-se a adiantar qual será a data.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que António Mendes Calado mostrou "lealdade institucional" no exercício do cargo e realçou que nesta matéria "a palavra final é do Presidente da República".

O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas lamentou ver o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo envolvido em notícias sobre a substituição do chefe do Estado-Maior da Armada, numa situação que pode parecer "de atropelamento de pessoas ou de instituições".

Nos termos da lei orgânica das Forças Armadas, os chefes dos ramos são nomeados e exonerados pelo Presidente da República, sob proposta do Governo, que deve ser precedida da audição, através do ministro da Defesa Nacional, do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.

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