Iraque diz que ataques são "oportunidade para o terrorismo"
O Governo iraquiano considerou hoje que os ataques dos Estados Unidos, França e Reino Unido na Síria são "uma oportunidade para o terrorismo se desenvolver", depois de ter sido combatido no Iraque e largamente reprimido na Síria.
© Reuters
Mundo Armas químicas
Em comunicado, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraquiano Ahmed Mahjub, manifestou inquietação pelos ataques, considerando que são "muito perigosos" e cujas consequências "ameaçam a segurança e a estabilidade da região".
Bagdad declarou em dezembro vitória contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), que quis criar um califado em regiões da Síria e do Iraque.
O ministério iraquiano exortou ainda à Liga Árabe, que realiza no domingo a sua cimeira anual na Arábia Saudita, a "adotar uma posição clara" em relação aos ataques ocidentais na Síria.
Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido realizaram hoje uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghouta Oriental, por parte do Governo de Bashar al-Assad.
A ofensiva consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono.
O Presidente dos EUA justificou o ataque como uma resposta à "ação monstruosa" realizada pelo regime de Damasco contra a oposição e prometeu que a operação irá durar "o tempo que for necessário".
A Rússia anunciou, entretanto, que vai pedir uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU após os ataques ocidentais contra alvos na Síria.
Mais de 40 pessoas morreram e 500 foram afetadas no ataque de 07 de abril contra a cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, que, segundo organizações não-governamentais no terreno, foi realizado com armas químicas.
A oposição síria e vários países acusam o regime de Al-Assad da autoria do ataque, mas Damasco nega e o seu principal aliado, a Rússia, afirmou que o ataque foi encenado com a ajuda de serviços especiais estrangeiros.
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