Mulheres na Igreja espanhola exigem fim da marginalização
O Coletivo de Mulheres na Igreja exigiu hoje à hierarquia eclesiástica da Igreja Católica “que acabe com a marginalização sem justificação que mantém para com as mulheres”.
© Reuters
Mundo Clero
No âmbito da celebração, segunda-feira, do dia de Maria Madalena, a padroeira do coletivo, aquelas mulheres publicaram um manifesto no qual oferecem alguns dados sobre a presença e atividades da mulher nas dioceses da Catalunha.
Segundo o coletivo, do total de pessoas que trabalham na atividade pastoral das catequeses das diferentes dioceses, cerca de 90% são mulheres: 12.512 seculares e 1.642 religiosas, enquanto 1.569 são homens (800 seculares, 409 religiosos e 360 clérigos).
Também na atividade da Cáritas Diocesana 63% do voluntariado é formado por mulheres, indica o coletivo que defende que “marginalizando as mulheres, a Igreja Católica não está a seguir o exemplo de Jesus”.
O manifesto, que foi aprovado por várias congregações religiosas presentes na Catalunha, reflete sobre a discriminação que, na sua opinião, sofrem as mulheres no seio da Igreja e reproduz alguns textos de autores conhecidos que denunciam a marginalização feminina na Igreja Católica.
Também denunciam que na Igreja Católica “a maioria dos serviços de limpeza dos templos e espaços paroquiais, cuidados dos ornamentos litúrgicos, serviços da Cáritas, atenção aos doentes, escolas do terceiro mundo, etc… estão na sua maioria sob a alçada de mulheres”.
O Coletivo afirma que hoje as mulheres podem ocupar responsabilidades de primeira ordem na vida pública, nas empresas e no Exército, e só na Igreja “continuam sem voz ou voto”, entre outras coisas, para poder eleger os responsáveis da maior confissão religiosa do mundo.
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