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Trump diz que não é a favor de "punir crianças pelas ações dos seus pais"

O Presidente norte-americano, Donald Trump, que decidiu hoje terminar com um programa que protege 800 mil jovens indocumentados, disse que "não é a favor de "punir crianças pelas ações dos seus pais."

Trump diz que não é a favor de "punir crianças pelas ações dos seus pais"
Notícias ao Minuto

18:19 - 05/09/17 por Lusa

Mundo Daca

"Não sou a favor de punir crianças, a maioria das quais agora adultas, pelas ações dos seus pais. Mas também temos de reconhecer que somos uma nação de oportunidades porque somos uma nação de leis", disse Trump, em comunicado.

O Estado norte-americano calcula que 2,1 milhões de pessoas possam beneficiar do programa conhecido como "Deferred Action for Childhood Arrivals" (DACA), que não inclui pessoas com mais de 31 anos ou que tenham chegado depois de 2007.

Numa declaração à imprensa, o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, disse que a ação executiva que Barack Obama assinou em 2012 era "um exercício inconstitucional de autoridade do ramo executivo" e "uma ação de amnistia executiva unilateral" que "negava trabalhos a centenas de milhares de americanos permitindo a imigrantes ilegais ficarem com esses trabalhos".

Trump ecoou estes sentimentos no seu comunicado, dizendo que "poucos em Washington expressaram compaixão para com os milhões de americanos vítimas deste sistema injusto".

"Antes de perguntarmos o que é justo fazer pelos imigrantes ilegais, devemos perguntar o que é justo fazer pelas famílias americanas, estudantes, contribuintes e aqueles que procuram trabalho", defendeu o republicano.

O programa será abandonado de forma gradual, expirando a 05 de março do próximo ano. Desta forma, a administração norte-americana dá um prazo para o Congresso encontrar uma solução legal para as pessoas protegidas pelo programa.

O republicano disse que "este é um processo gradual, não é um abandono súbito. As licenças só começam a expirar dentro de seis meses, [algumas] ficarão ativas até 24 meses."

"Por isso, não estou apenas a cortar o DACA, mas a dar uma janela de oportunidade para o Congresso agir", disse Donald Trump.

Uma lei para substituir o DACA tem apoio nos dois partidos, tanto no Senado como na Câmara dos Representantes, mas enfrenta um prazo curto para ser aprovada, uma agenda muito preenchida, e um partido republicano dividido.

Donald Trump disse, apesar destas dificuldades, que "a questão do DACA será resolvida com coração e compaixão."

"Mas através do processo democrático legal, enquanto garantimos que qualquer reforma migratória proporciona benefícios duradouros para os americanos que nos elegeram para servir", concluiu.

O fim deste programa deverá afetar centenas de portugueses, segundo fontes da comunidade, embora as autoridades não divulguem dados sobre a nacionalidade dos que agora são afetados pela medida.

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