Primeiro-ministro turco reconhece abre caminho para eleições
O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, reuniu-se hoje com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, para reconhecer formalmente que não consegue formar um governo de coligação, abrindo caminho para novas eleições, depois do escrutínio de junho passado.
© Reuters
Mundo Escrutínio
Formalmente, o primeiro-ministro foi devolver ao Presidente o mandato que recebeu, a 09 de julho, para iniciar negociações para formar um governo de coligação com os partidos da oposição.
Com todas as possibilidades esgotadas antes de 23 de agosto, data limite para a formação do novo Governo, a Turquia enfrenta agora novas eleições e um território político nunca antes explorado.
Nas eleições de 07 de junho, o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), liderado pelo Presidente, perdeu pela primeira vez a maioria absoluta desde que chegou ao poder em 2002.
O primeiro-ministro tentou formar Governo com o Partido Republicano do Povo, que ficou em segundo lugar nas eleições, e o Partido do Movimento Nacionalista, que obteve o terceiro lugar, mas não conseguiu chegar a acordo com nenhum deles.
Segundo a Constituição do país, o AKP deverá continuar como Governo minoritário até às eleições, caso haja uma maioria no Parlamento que vote a favor da realização de novas eleições.
Se, no entanto, o Presidente usar o seu direito de convocar eleições, um chamado "Governo de eleição" será formado até à data da realização do escrutínio, composto por membros dos quatro partidos.
É a primeira vez na história da Turquia que o AKP, o maior partido do país, falha na formação de uma coligação e novas eleições têm de ser realizadas.
O AKP orgulha-se de ter dado à Turquia, durante quase 13 anos, um regime estável de partido único, que contrasta com as caóticas coligações e golpes que marcaram a anterior vida política do país.
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