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Políticas assumidas em relação a Gaza "abalaram a fé" na UE

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, defendeu hoje que as políticas seguidas por alguns países e instituições desde o início da guerra na Faixa de Gaza "abalaram a fé" na União Europeia (UE).

Políticas assumidas em relação a Gaza "abalaram a fé" na UE
Notícias ao Minuto

13:41 - 09/05/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

"As políticas seguidas por certas instituições e países europeus durante a guerra em Gaza abalaram a fé nos valores europeus", escreveu o chefe de Estado turco numa mensagem enviada à UE por ocasião do Dia da Europa, hoje assinalado.

Desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas, em outubro passado, Erdogan assumiu o partido do movimento palestiniano, do qual é politicamente próximo, e tem criticado a atitude dos países ocidentais neste conflito.

"Enquanto as crises, os conflitos e as guerras que afetam a Europa e a nossa geografia comum permanecerem sem solução, o questionamento destes valores continuará a aumentar", avisou Erdogan.

"Muitos desafios como guerras, conflitos, atos terroristas, migrações irregulares e alterações climáticas (...) ameaçam a ordem no continente europeu", acrescentou o Presidente turco.

Erdogan denunciou ainda "o aumento da islamofobia, da xenofobia e do racismo em todo o continente", o que constitui, na sua opinião, "uma das maiores fontes de preocupação para os cidadãos e imigrantes que vivem na Europa".

Na mesma declaração, o chefe de Estado turco -- cujo país tem tentado a adesão à UE -- afirmou considerar que "é mais do que tempo" de "desenvolver a cooperação em todos os domínios, incluindo as negociações de adesão".

A Turquia foi reconhecida como candidata à UE em 1999, mas as negociações estão congeladas desde 2018.

O chefe de Estado turco terminou a sua mensagem com um aviso aos líderes europeus que contestam a adesão de Ancara.

"Perante políticas de exclusão relativamente ao nosso país (...), a Turquia não se absterá de utilizar e desenvolver as suas oportunidades e capacidades estratégicas", advertiu Erdogan.

Membro da NATO e principal aliado no seu flanco oriental, a Turquia -- que está a desenvolver a sua própria indústria de defesa -- adquiriu mísseis antiaéreos S-400 a Moscovo, que foram entregues em 2019, mas que nunca foram colocados ao serviço das forças turcas.

O negócio destes mísseis russos desencadeou uma crise entre Washington e Ancara, que levou ao bloqueio da venda de aviões F-35 norte-americanos.

Leia Também: BE quer que Governo apoie sanções e processo contra Israel no TIJ

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