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"O Benfica vendeu bem, mas gastou muito mal. Não davam hipóteses..."

Uma inédita alternância de campeões nacionais na I Liga, que não repete vencedores desde 2016/17, entre FC Porto, Benfica e Sporting, é positiva, observa o antigo futebolista internacional português, treinador e dirigente Augusto Inácio.

Benfica-Arouca

© Reuters

Lusa
20/05/2024 07:30 ‧ 20/05/2024 por Lusa

Desporto

I Liga

bom que existam campeões diversos, até para não estarmos sempre naquela situação em que o título é discutido só entre FC Porto e Benfica. O Sporting já lá está e o Sporting de Braga está a aproximar-se, mas ainda não tem essa estaleca para lutar pelo primeiro lugar", vincou à agência Lusa um dos 11 campeões portugueses como jogador e técnico.

O Sporting arrebatou o 20.º cetro em 90 edições da I Liga, e segundo nos últimos quatro anos sob orientação técnica de Rúben Amorim, ao fixar novos recordes de pontos (90) e vitórias (29) para destronar o Benfica, recordista de conquistas (38), que terminou a 10 pontos da frente, na maior diferença entre primeiro e segundo colocados desde 2010/11.

"O Sporting depressa se destacou, foi sempre o melhor coletivo e acertou na mouche em duas aquisições: teve um goleador [Viktor Gyökeres], que deu uma profundidade distinta ao ataque e que é claramente o homem deste campeonato, mas não se pode esquecer o Morten Hjulmand, que encaixou na perfeição e é inteligente a ocupar o espaço. À medida que a época foi avançando, cresceu de tal maneira e passou praticamente a ser o patrão do meio-campo e o jogador que equilibrou a equipa defensiva e ofensivamente", realçou.

Campeão como jogador (1979/80 e 1981/82) e treinador (1999/00, após um 'jejum' de 18 anos) pelos 'leões', Augusto Inácio vê a "equipa mais estável" em Alvalade, em contraste com a agitação interna e a intermitência de resultados e exibições de Benfica e FC Porto.

"O Benfica vendeu bem, mas gastou muito mal. No princípio da época, dizia-se que não davam hipóteses a ninguém neste campeonato e tinham uma equipa de outra dimensão, mas não se viu isso. O Benfica nunca foi essa equipa poderosa que nos pudesse levar a dizer que, fosse onde fosse jogar, venceria com mais ou menos dificuldade", enquadrou.

Se as 'águias' falharam o primeiro 'bi' desde 2016/17, o FC Porto cumpriu a pior das sete épocas com Sérgio Conceição, ao ser terceiro classificado, com 72 pontos, quatro acima do Sporting de Braga, quarto, para aceder diretamente à fase de grupos da Liga Europa.

"Esperava mais luta nos primeiros lugares, mas, sinceramente, o FC Porto destoou disto tudo. Fez uma época atípica, em nada condizente com os pergaminhos do clube, e teve uma equipa muito desequilibrada, que tão depressa fazia bons jogos como jogos menos bons. Perdeu muitos pontos em casa e a classificação reflete aquilo que jogou", analisou Augusto Inácio, campeão por três vezes com os 'dragões' (1984/85, 1985/86 e 1987/88).

A época do FC Porto ficou igualmente marcada fora das quatro linhas pelo expressivo e histórico êxito do antigo treinador 'azul e branco' André Villas-Boas sobre Pinto da Costa, presidente há 42 anos e 15 mandatos, no sufrágio mais participado de sempre do clube.

"Villas-Boas já disse que quer uma equipa competitiva e vai ter de gastar algum dinheiro. O que será do FC Porto na próxima temporada perante estas mudanças de presidente e, provavelmente, de treinador, mas sem tanto dinheiro? Está tudo na expectativa", lançou.

Augusto Inácio, de 69 anos, vislumbra decisões semelhantes pendentes na Luz, onde o treinador alemão Roger Schmidt tem enfrentado sucessivas críticas, após ter arrebatado apenas a Supertaça (2-0 ao FC Porto, em Aveiro) na segunda época à frente do Benfica.

"Rui Costa já tinha renovado contrato com o treinador por mais dois anos, mas está com uma 'batata quente' na mão para resolver agora. Se mantiver Roger Schmidt e as coisas não começarem a correr bem na próxima época, sobrará para o treinador e o presidente. Correndo bem, poderá atenuar um bocadinho mais essa decisão a ser tomada", apontou.

Na "linha da frente" para 2024/25 aparece o Sporting, "desde que consiga manter Rúben Amorim e outras pedras-chave", tendo em vista o primeiro bicampeonato desde 1953/54, cenário que acabaria com a alternância de campeões em vigor há oito épocas seguidas.

"O videoárbitro (VAR) muito contribui para que tal aconteça. Pode ser polémico, mas é a minha opinião. Veio dar alguma verdade [desportiva], mas não toda, até porque também falhou em algumas situações. Agora, já aconteceram lances em que, se não houvesse a intervenção do VAR, se calhar, as coisas tinham pendido para outros lados", considerou.

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