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HRW acusa forças israelitas de "força ilegal letal" contra palestinianos

A organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch acusou hoje as forças israelitas de usarem ilegalmente a força letal em tiroteios contra palestinianos, com base em documentos sobre vários casos na Cisjordânia, e pediu a suspensão de apoio militar.

HRW acusa forças israelitas de "força ilegal letal" contra palestinianos
Notícias ao Minuto

13:27 - 08/05/24 por Lusa

Mundo Israel

Em comunicado, a ONG investigou oito mortes em quatro incidentes entre julho de 2022 e outubro de 2023 e concluiu que as "forças israelitas erroneamente atiraram fatalmente ou executaram deliberadamente palestinos que não representavam qualquer ameaça aparente à segurança".

A mesma fonte recordou que ativistas têm documentado o "uso ilegal e excessivo de força letal" na Cisjordânia e o "fracasso do governo israelita em responsabilizar" os perpetuadores.

A HRW também notou os dados das Nações Unidas sobre as forças israelitas terem matado "mais do dobro do número de palestinianos na Cisjordânia em 2023" em relação a qualquer outro ano desde 2005 e sobre a taxa de mortes ter sido ainda mais elevada durante o primeiro trimestre de 2024.

"As forças de segurança israelitas não estão apenas a matar ilegalmente palestinianos em Gaza, mas têm vindo a matar palestinianos sem base legal na Cisjordânia, incluindo a execução deliberada de palestinianos que não representavam uma ameaça aparente", segundo Richard Weir, investigador sénior de crises e conflitos da ONG, citado na nota divulgada hoje.

Os "assassinatos estão a ter lugar a um nível sem precedentes recentes, num ambiente em que as forças israelitas não têm necessidade de recear que o seu governo as responsabilize", acrescentou.

Num dos casos investigados, a HRW descreve como as forças israelitas em Jenin dispararam repetidamente contra Sidqi Zakarneh, que estava ferido no chão, matando-o, sem que estivesse a participar em atos de violência e "não parecia ter armas".

Em 2023, as forças israelitas mataram 492 palestinianos, incluindo 120 crianças, na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, de acordo com o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), citou a ONG, entre outros dados.

A ONG argumentou que os "governos devem suspender o armamento e outros apoios militares a Israel devido ao risco de cumplicidade em graves abusos na Palestina".

Os governos devem ainda, segundo os ativistas dos direitos humanos, "tomar medidas para garantir a responsabilização, incluindo o apoio ao inquérito do Tribunal Penal Internacional sobre crimes graves cometidos na Palestina, e impor sanções específicas contra os responsáveis por graves abusos".

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