Meteorologia

  • 19 MAIO 2024
Tempo
20º
MIN 12º MÁX 21º

Pentágono critica "retórica" sobre exercícios nucleares russos

O Pentágono criticou hoje a "retórica irresponsável" de Moscovo, na sequência do anúncio russo de exercícios nucleares perto da Ucrânia.

Pentágono critica "retórica" sobre exercícios nucleares russos
Notícias ao Minuto

18:20 - 06/05/24 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Este é um exemplo do tipo de retórica irresponsável que já vimos da Rússia no passado. É totalmente inapropriada tendo em conta a atual situação de segurança", afirmou o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, aos jornalistas.

Os Estados Unidos ainda não observaram "qualquer alteração no posicionamento das forças estratégicas" russas, mas continuarão a "monitorizar", acrescentou.

O Kremlin declarou que o anúncio de exercícios nucleares russos é uma resposta às declarações de "representantes ocidentais", incluindo o presidente francês, Emmanuel Macron, sobre um possível envio de "tropas da NATO" para a Ucrânia.

O Ministério da Defesa russo afirmou hoje que as forças armadas vão organizar "num futuro próximo" exercícios nucleares envolvendo tropas localizadas perto da Ucrânia, em resposta às alegadas ameaças dos líderes ocidentais.

O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, questionado pela agência de notícias AFP sobre esse assunto, afirmou que o anúncio das manobras militares está relacionado com as declarações do Presidente Emmanuel Macron, de representantes britânicos e de um representante do Senado dos Estados Unidos.

Esses dirigentes, segundo Peskov, "falaram sobre o desejo e até a intenção de enviar contingentes armados para a Ucrânia, ou seja, de colocar soldados da NATO diante do exército russo".

O porta-voz do Kremlin considerou que se trata de um "novo ciclo da escalada de tensão", denunciando a "retórica muito perigosa" do presidente francês.

Emmanuel Macron assumiu novamente, no início de maio, a possibilidade de enviar tropas ocidentais para o terreno na Ucrânia, se Moscovo rompesse "as linhas da frente" e se Kiev solicitasse ajuda.

O chefe de Estado francês já tinha criado polémica no final de fevereiro ao afirmar que o envio de tropas para a Ucrânia não deveria "ser excluído" no futuro.

A maioria dos países europeus, bem como os Estados Unidos, no entanto, distanciaram-se claramente das observações de Macron, mesmo que alguns tenham desde então dado um passo nessa direção face ao avanço russo na frente oriental ucraniana.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

Leia Também: Pentágono partilha vídeo de novo (e assustador) tanque autónomo

Recomendados para si

;
Campo obrigatório