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ONU condena ataque contra mercado em Donetsk e pede responsabilidades

A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou hoje o ataque de domingo contra um mercado em Donetsk, região ucraniana sob controlo russo e onde morreram pelo menos 27 pessoas, incluindo duas crianças.

ONU condena ataque contra mercado em Donetsk e pede responsabilidades
Notícias ao Minuto

17:20 - 22/01/24 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"Estamos cientes do ataque, que segundo fontes locais deixou 27 mortos. Condenamo-lo e estamos a tentar obter mais informações sobre o mesmo, apesar da falta de acesso a Donetsk [leste] e a outras áreas da Ucrânia ocupadas pela Rússia", disse a porta-voz da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Liz Throssell, em breves declarações à agência Europa Press.

Posteriormente, o organismo da ONU afirmou em comunicado que é "essencial que sejam realizadas investigações completas, rápidas e independentes para determinar os factos e a responsabilidade por este ataque".

A investigação deve estabelecer "se este ataque violou a lei aplicável sobre hostilidades, com vista a garantir a responsabilização", acrescentou.

Da mesma forma, lembrou que o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, sublinhou que "o direito internacional humanitário deve ser rigorosamente respeitado" e sublinhou que "as partes no conflito devem tomar todas as precauções necessárias para evitar vítimas civis.

As autoridades russas informaram que outras 25 pessoas também ficaram feridas em consequência do ataque, pelo qual responsabilizam o exército ucraniano.

Por sua vez, o líder da autoproclamada República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, declarou um dia de luto regional "pelas vítimas do ato bárbaro de agressão contra a população civil por parte do regime de Kiev".

O Exército ucraniano negou, no entanto, a responsabilidade pelo ataque, acusando Moscovo de "difundir desinformação".

Em comunicado, o Exército esclareceu que as forças ucranianas naquela zona da frente não recorreram em "operações de combate" ao tipo de armas usadas contra o mercado.

"A Rússia deve assumir a responsabilidade pelas vidas dos ucranianos que foram perdidas", acrescentou o texto.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que "o agressor é quem mais perde" com a invasão da Ucrânia e denunciou que mais de 50 ataques russos foram registados no último dia.

"A Rússia terá de ser responsabilizada por todo este terrorismo, é assim que deveria ser. Se não fossem as decisões de Moscovo de iniciar esta agressão e este terror, milhares e milhares de pessoas estariam vivas hoje", declarou.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 após a desagregação da antiga União Soviética e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

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