Meteorologia

  • 19 MAIO 2024
Tempo
15º
MIN 13º MÁX 21º

Apoio a Kyiv? Portugal entre países que denunciam "hipocrisia" russa

Dezenas de países, incluindo Portugal, criticaram hoje a "hipocrisia" da Rússia por convocar mais uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para protestar contra a "transferência legal de armas" do ocidente para a Ucrânia.

Apoio a Kyiv? Portugal entre países que denunciam "hipocrisia" russa
Notícias ao Minuto

17:06 - 22/01/24 por Lusa

País Guerra na Ucrânia

Num comunicado conjunto, quase 50 países, incluindo Estados Unidos, França, Reino Unido, Israel, Ucrânia, Espanha ou Portugal, salientaram que as "transferências legais de armas para a Ucrânia" são feitas em apoio ao "direito inerente de autodefesa" de Kyiv, em conformidade com a Carta da ONU.

"Sublinhamos a hipocrisia da Federação Russa (...). Esta reunião de hoje é mais uma tentativa da Rússia de distrair da sua guerra de agressão contra a Ucrânia e da sua campanha intensificada de ataques aéreos sistemáticos que matam civis e destroem infraestruturas críticas", diz o texto.

Além de condenarem a agressão de Moscovo contra a Ucrânia, os Estados signatários reafirmaram ainda o seu "apoio inabalável à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas" e exortaram todos os países a não fornecerem à Rússia armas e equipamentos militares, incluindo mísseis, drones ou outro apoio.

"Enquanto a Ucrânia tenta defender a sua população civil, a Federação Russa mata o povo ucraniano com armas adquiridas noutros países", denunciaram, condenando o apoio militar continuado de alguns países à Rússia, nomeadamente por parte do Irão, da Bielorrússia e da Coreia do Norte.

Os países expressaram especial preocupação com a transferência de mísseis balísticos por parte de Pyongyang para Moscovo, em violação das resoluções do Conselho de Segurança.

"Instamos a RPDC (República Popular Democrática da Coreia ou Coreia do Norte) e a Rússia a respeitarem as resoluções do Conselho de Segurança e continuamos preocupados com o facto de a utilização pela Federação Russa de mísseis balísticos da RPDC fornecer à RPDC informações valiosas sobre as capacidades técnicas das suas armas", frisa a nota.

Além da parceria entre Pyongyang e Moscovo, o comunicado conjunto destaca que "há provas claras" de transferências ilegais de 'drones' iranianos armados para a Federação Russa, quando estavam em vigor restrições que proíbem tais transferências ao abrigo de resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

Vários países têm acusado a Rússia de utilizar repetidamente drones de origem iraniana para atacar infraestruturas críticas da Ucrânia, incluindo silos de cereais, instalações energéticas e edifícios residenciais.

"As ações da Federação Russa minam a credibilidade das resoluções do Conselho de Segurança, minam o regime global de não-proliferação, exacerbam as tensões regionais e colocam-nos a todos em perigo. Apelamos a todos os Estados-membros da ONU, incluindo a Rússia, para que implementem plenamente as resoluções relevantes do Conselho de Segurança", exortaram.

Por fim, os países defenderam a necessidade de se garantir, ao abrigo do direito internacional, a responsabilização pelos graves crimes cometidos em território ucraniano, assim como "justiça para todas as vítimas e a prevenção de crimes futuros".

"Apelamos à Federação Russa para que cesse a sua guerra de agressão e retire imediatamente as suas tropas do território da Ucrânia, dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas", conclui a nota conjunta.

O comunicado foi divulgado enquanto decorria uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, convocada pela Rússia, sobre o fornecimento de armas ocidentais à Ucrânia.

Desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia já convocou 11 reuniões para discutir o fornecimento de armas ocidentais.

A reunião de hoje contou com a presença do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, que argumenta que a transferência de armas por parte do ocidente está a contribuir para a escalada das hostilidades e a minar os esforços para alcançar uma solução pacífica para o conflito.

Leia Também: Hungria contra novo plano europeu de apoio militar a Kyiv

Recomendados para si

;
Campo obrigatório