Sunak avisa unionistas para risco de perderem apoio na Irlanda do Norte
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, alertou hoje os políticos unionistas da Irlanda do Norte para o risco de perderem apoio se continuarem a boicotar a assembleia e governo regionais.
© Getty Images
Mundo Reino Unido
"Peço que trabalhem connosco para colocar Stormont (parlamento da Irlanda do Norte) novamente a funcionar", apelou Sunak, durante um discurso hoje em Belfast, onde encerrou uma conferência de três dias organizada pela universidade Queen's University para celebrar o 25.º aniversário do acordo de paz assinado em 1998.
Sunak assumiu-se como um "unionista orgulhoso" que acredita "apaixonadamente que a Irlanda do Norte é mais forte dentro do Reino Unido".
Porém, referiu que "o facto de as instituições terem estado inoperantes durante nove dos últimos 25 anos deveria ser uma fonte de profunda preocupação" e que "a longo prazo, isso não irá reforçar a causa do unionismo".
"Precisamos de pôr as instituições em funcionamento - e mantê-las em funcionamento", vincou.
Apesar de não ter nomeado ninguém em particular, o apelo dirigiu-se ao Partido Democrata Unionista (DUP), que derrubou o Executivo da Irlanda do Norte em fevereiro de 2022, em protesto devido ao estatuto comercial da Irlanda do Norte no pós-Brexit.
O partido manteve o bloqueio à formação do parlamento e novo governo depois das eleições de maio, nas quais ficou em segundo lugar, atrás do Sinn Féin, pela primeira vez na história.
O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, deixou uma mensagem no mesmo sentido, lembrando que a paz no território atraiu nos últimos 25 anos muito investimento estrangeiro que também pode beneficiar a República da Irlanda.
"Mas a prosperidade contínua requer um governo funcional", enfatizou, e "o povo da Irlanda do Norte merece uma assembleia executiva funcional".
Para Varadkar, "cabe aos líderes políticos da Irlanda do Norte tomar a iniciativa, ver para além da sombra da montanha, tomar o controlo da história, tomar o controlo do destino e conduzir as pessoas para um futuro melhor".
O Acordo de Belfast/ Sexta-Feira Santa, ajudou a pôr fim à violência sectária entre católicos republicanos e protestantes pró-britânicos que causou cerca de 3.500 mortos e 40.000 feridos.
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