Eurodeputados criticam "fracasso da comunidade internacional" sobre Egito
Um grupo de eurodeputados declarou-se hoje "extremamente preocupado" com o "persistente fracasso da comunidade internacional" relativamente à crise de direitos humanos no Egito, reiterando pedidos de ação à União Europeia (UE) e às Nações Unidas.
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Mundo Direitos Humanos
Numa posição conjunta assinada por eurodeputados e deputados britânicos, num total de 175 signatários, os parlamentares dizem estar "extremamente preocupados com o persistente fracasso da comunidade internacional em tomar qualquer ação significativa para enfrentar a crise dos direitos humanos no Egito".
"Este fracasso, juntamente com o apoio continuado ao governo egípcio e a relutância em sequer se pronunciar contra abusos generalizados, apenas aprofundou o sentimento de impunidade das autoridades egípcias", acrescentam.
Estes responsáveis pedem, ainda, uma declaração sobre o assunto ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, para que estabeleça um mecanismo de monitorização e informação sobre o Egito na sua reunião marcada para 28 de fevereiro
Desde que subiu ao poder em 2013, o Presidente egípcio Abdel Fattah el-Sissi tem sido acusado de um retrocesso de muitas liberdades, nomeadamente por ter ilegalizado a Irmandade Muçulmana, classificando-a como uma organização terrorista.
O país está classificado entre os piores locais do mundo para jornalistas, juntamente com a Turquia e a China, de acordo com o Comité para a Proteção dos Jornalistas.
Muitos dos que foram presos nos últimos anos são precisamente muçulmanos, mas também incluem ativistas que estiveram envolvidos na revolta da Primavera Árabe de 2011, que derrubou o autocrata de longa data do país, Hosni Mubarak.
No ano passado, as autoridades egípcias libertaram alguns ativistas e jornalistas cuja detenção tinha provocado um protesto global.
El-Sissi também lançou recentemente aquela a que apelidou de "estratégia nacional de direitos humanos" que visava melhorar as condições dos direitos humanos no Egito, mas as medidas não conseguiram convencer de que estava a adotar uma nova linha de ação.
Na declaração hoje divulgada, os eurodeputados dizem ter "tomado nota de alguns passos modestos recentemente dados ou anunciados pelas autoridades egípcias", lamentando porém "que estes passos não constituam mais do que um esforço para branquear o triste historial em matéria de direitos humanos".
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