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EUA vão recusar ajuda militar ao Egito

As ONGs na região denunciam há quase dez anos os abusos de direitos humanos que o governo de al-Sisi continua a praticar.

EUA vão recusar ajuda militar ao Egito
Notícias ao Minuto

21:51 - 28/01/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Estados Unidos

Os Estados Unidos da América vão recusar um apoio militar ao Egito no valor de 130 milhões de dólares, devido a preocupações com os direitos humanos do país.

A notícia é avançada pela agência Reuters, que cita fontes próximas da decisão. 

A recusa não é uma completa surpresa. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, já tinha ameaçado em setembro com a possibilidade de cortar apoio ao governo liderado por Adbel Fattah al-Sisi, uma ameaça baseada nos ataques do governo à liberdade de expressão e à retaliação violenta a manifestações.

A situação política no Egito mantêm-se instável, depois de uma série de protestos conhecida como "Primavera Árabe", em 2011, ter deposto vários ditadores e governantes no Norte de África, incluindo na Tunísia e na Líbia (além do Egito).

O ditador egípcio, Hosni Mubarak, deu lugar ao primeiro presidente eleito no país, Mohamed Morsi. Morsi, por sua vez, caiu com um golpe de estado em 2013 e o poder voltou para as mãos dos militares.

Pelo caminho os militares liderados por al-Farsi mataram centenas de pessoas enquanto silenciavam todos os protestos a apelar à democracia.

Segundo a Reuters, as organizações de direitos humanos, que têm alertado para os constantes ataques à liberdade de expressão e de imprensa na região, pediram aos EUA para travar por completo o apoio de 300 milhões de dólares ao exército egípcio.

A agência refere ainda que o apoio americano para este ano vale, no total, 1,3 mil milhões de dólares. Um travão ao apoio total ainda não está previsto.

Apesar desta nega ao apoio financeiro, os EUA não deixaram de aprovar a venda recente de radares antiaéreos e aviões militares ao Egito, num negócio que valeu aos americanos 2,5 mil milhões de dólares.

Leia Também: Organização egípcia de direitos humanos encerrada denuncia perseguição

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