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Médio Oriente: EUA vão continuar "silenciosa" e "incansável" diplomacia

O Presidente dos Estados Unidos assegurou que pretende continuar com a "silenciosa" e "incansável diplomacia" para resolver o conflito israelo-palestiniano, depois de anunciado um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

Médio Oriente: EUA vão continuar "silenciosa" e "incansável" diplomacia
Notícias ao Minuto

06:42 - 21/05/21 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"Acredito que os palestinianos e os israelitas merecem igualmente viver em segurança e desfrutar de medidas igualitárias de liberdade, prosperidade e democracia (...). A minha administração vai continuar com a silenciosa, incansável diplomacia nesse sentido", disse o democrata Joe Biden na tarde de quinta-feira em Washington (noite em Lisboa), poucas horas depois de anunciada a trégua entre Israel e o Hamas.

O chefe de Estado norte-americano disse que o cessar-fogo é uma "oportunidade genuína" para construir uma paz duradoura no Médio Oriente.

O crédito pelo cessar-fogo, na opinião de Biden, é do Governo egípcio, pelo papel que considerou ser crucial e pelo envolvimento "hora a hora" no sentido de interromper as ofensivas dos dois lados, apesar da discrepância bélica entre o estado de Israel e o Hamas e outros grupos armados classificados como terroristas pelos Estados Unidos.

Entretanto, fontes diplomáticas egípcias disseram à France-Presse (AFP) que Cairo vai enviar duas delegações a Telavive e ao território palestiniano no sentido de garantir que o cessar-fogo anunciado é respeitado.

"Duas delegações egípcias vão ser enviadas para Telavive e aos territórios palestinianos para monitorizar a implementação [do cessar-fogo] e o processo para manter as condições estáveis de forma permanente", explicitaram as fontes diplomáticas, sob a condição de anonimato, ressalvando que a trégua "simultânea e mútua" foi "negociada pelo Egito".

O Gabinete de Segurança do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, aprovou o cessar-fogo unilateral que interrompe a intervenção militar que estava a decorrer na Faixa de Gaza há 11 dias.

Pouco depois, o Hamas confirmou que o cessar-fogo com Israel vai entrar em vigor a partir das 02:00 de sexta-feira (00:00 em Lisboa), considerando que a trégua representa uma derrota para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Ali Barakeh, um oficial do Hamas disse à Associated Press (AP) que o cessar-fogo constitui uma derrota para Netanyahu e "uma vitória para a população palestiniana".

O dia começou da mesma maneira que os anteriores nos dois territórios, sem tréguas na ofensiva entre Israel e o Hamas.

No entanto, Netanyahu anunciou que tinha convocado uma reunião de emergência do Gabinete de Segurança, que culminou no anúncio do cessar-fogo.

A decisão era expectável, uma vez que fonte do Governo egípcio, que está a fazer a mediação do conflito, tinha confirmado à Associated Press (AP), sob a condição de anonimato, que o executivo recebeu informações de Telavive no sentido de interromper a ofensiva militar que dura há quase duas semanas e que assolou o território palestiniano.

Osama Hamdan, uma das principais figuras do Hamas, que está sediado no Líbano, também tinha dito que o cessar-fogo entre as duas partes era expectável em menos de dois dias.

O Presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, pressionou publicamente o primeiro-ministro de Israel, na quarta-feira.

Netanyahu tinha, até então, uma postura completamente diferente, afirmando-se determinado em combater o Hamas.

Biden disse que esperava de Israel uma intenção real de interrupção da escalada do conflito, mas Benjamin Netanyahu continuava a dizer que estava "determinado em continuar esta operação até atingir o objetivo".

As Forças Armadas israelitas anunciaram hoje o bombardeamento de túneis utilizados por elementos do Hamas, assim como habitações que pertenciam a oficiais do Hamas.

Contudo, as imagens transmitidas pelos órgãos de comunicação revelam edifícios completamente destruídos e o desespero da população palestiniana em Gaza.

O mais recente reacendimento do conflito israelo-palestiniano, que dura há várias décadas, provocou a morte a pelo menos 232 palestinianos em Gaza, entre os quais 64 menores, e 1.620 feridos.

Em Israel, as autoridades contabilizaram a morte de 12 pessoas, entre as quais dois menores, e 340 feridos.

Leia Também: Palestina avisa que não haverá paz enquanto durar a ocupação israelita

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