Do mal, o menos. Sem hipóteses matemáticas de lutar pelo apuramento para a Liga dos Campeões, o FC Porto garantiu, este sábado, a qualificação direta para a Liga Europa, graças ao triunfo conquistado na visita ao Sporting de Braga, por 0-1.

Uma partida na qual os dragões jogaram, quase na totalidade, em vantagem numérica, fruto da expulsão de Víctor Gómez... ao 12.º minuto, por acumulação de cartões amarelos, que condicionou de sobremaneira a manobra ofensiva dos homens da casa, mas nem por isso facilitou a vida aos visitantes.

Prova disso é que, pese embora tenha dominado a posse da bola, na primeira parte, a equipa orientada por Sérgio Conceição recolheu aos balneários sem conseguir efetuar um único remate enquadrado com a baliza. Um cenário que mudou drasticamente, no segundo tempo.

Aí, Matheus Magalhães 'vestiu o fato de gala', defendendo praticamente todas as investidas dos azuis e brancos (com a 'ajuda' do poste, que, aos 50 minutos, negou um golo que parecia certo a Otávio Ataíde) e mantendo os minhotos na discussão.

Sérgio Conceição tinha de mexer para 'desfazer o nó', e, aos 76 minutos, lançou Mehdi Taremi para o lugar de Francisco Conceição, uma aposta que se revelou acertada, visto que, instantes depois, o internacional iraniano assistiu Wenderson Galeno para o golo da vitória.

O FC Porto encerra, desta maneira, a temporada na terceira posição da I Liga, com 72 pontos, mais quatro do que o quarto classificado, o Sporting de Braga. Agora, vira todas as atenções para a final da Taça de Portugal, onde terá pela frente o campeão nacional, o Sporting.

Figura

Se o Sporting de Braga manteve viva a 'chama' da esperança na vitória até ao último segundo, em muito o deve a Matheus Magalhães. A uma primeira parte escassa em trabalho, seguiu-se uma segunda na qual defendeu praticamente tudo aquilo que teve pela frente, com exceção do remate de Wenderson Galeno, em cima do apito final.

Surpresa

No último jogo com a camisola do FC Porto, na I Liga, antes da partida para o Internazionale, Mehdi Taremi vestiu a pele de 'joker', saltando do banco de suplentes, aos 76 minutos, para o lugar de Francisco Conceição, e assistindo, de forma brilhante, para o golo decisivo de Wenderson Galeno, aos 84.

Desilusão

Uma noite para esquecer de Bruma, que somou decisões erradas atrás de decisões erradas, comprometendo diversas iniciativas de ataque por parte do Sporting de Braga, pelo que a decisão de Rui Duarte em substituí-lo por Rony Lopes, aos 82 minutos, só surpreendeu por ser tão tardia.

Treinadores

Rui Duarte: Numa partida em que só a vitória valia o apuramento direto para a Liga Europa, pedia-se mais a um Sporting de Braga que se preocupou, acima de tudo, em não sofrer. É verdade que a expulsão 'madrugadora' de Víctor Gómez em nada ajudou, mas também o é que, se havia altura para colocar a 'carne toda no grelhador', era esta.

Sérgio Conceição: O FC Porto demorou a perceber qual seria a melhor maneira de contornar o compacto bloco do Sporting de Braga, de tal maneira que terminou a primeira parte sem um único remate à baliza. Na segunda, a equipa foi mais perigosa, e fez por merecer o golo de Wenderson Galeno, nos derradeiros instantes.

Árbitro

A equipa de arbitragem foi, porventura, a que pior esteve, das três que pisaram o relvado da Pedreira. Nuno Almeida tomou uma série de decisões discutíveis, começando desde logo pela de expulsar Víctor Gómez, por acumulação de amarelos, logo ao 12.º minuto, e terminando no lance dividido entre Ricardo Horta e Alan Varela, na grande área do FC Porto, que poderia muito bem ter merecido outro tipo de avaliação.

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