EUA: Ajudante de xerife matou afro-americano enquanto cumpria mandado
Um polícia da Carolina do Norte alvejou e matou um afro-americano na quarta-feira, enquanto cumpria um mandado de busca, desencadeando a cólera de dezenas de pessoas, que se juntaram imediatamente e pediram a responsabilização da polícia.
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Mundo EUA
O ajudante de xerife do condado de Pasquotank foi suspenso enquanto decorre uma investigação estadual, disse o xerife Tommy Wooten II, durante uma conferência de imprensa.
Adiantou que o seu ajudante alvejou Andrew Brown Jr. cerca das 08h30 da manhã, durante a execução de um mandado em Elizabeth City, um municipio com cerca de 18 mil habitantes, situado a 274 quilómetros de Raleigh.
Wooten não identificou o ajudante nem revelou a causa do mandado. Registos judiciais mostram que Brown tinha 42 anos e uma condenação por posse de droga.
O ajudante de xerife tinha uma câmara incorporada no uniforme no momento do incidente, disse Wooten, que não esclareceu quantos disparos foram feitos nem avançou outros pormenores, citando a mencionada investigação estadual.
Um repórter de uma estação de televisão local adiantou que a vizinhança ouviu vários disparos. Uma viatura removida do local tinha vários impactos de bala.
Entre as cerca de 100 pessoas que se juntaram na cena do tiroteio estava o líder local da Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em Inglês), Keith Rivers, que criticou o gabinete do xerife pela demora na divulgação de detalhes.
"Quando é que isto vai parar? Acabámos de ter um veredicto ontem [terça-feira]", disse Rivers, referindo-se ao veredicto de culpado com que concluiu o julgamento do antigo polícia Derek Chauvin, pela morte George Floyd.
A avó de Brown, Lydia Brown, e a sua tia, Clarissa Brown Gibson, disseram à Associated Press que souberam da sua morte através da televisão.
"Estou muito perturbada. Andrew era uma boa pessoa", disse Lydia Brown. "O ajudante não tinha de alvejá-lo".
Por seu lado, Clarissa Brown Gibson questionou: "Queremos saber, se ia fazer uma busca, porque é que disparou?".
O procurador Andrew Womble disse, durante a conferência de imprensa, que "neste momento, pretendem-se respostas certas, e não rápidas".
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