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ONU apela à não-violência na entrada de ajuda humanitária na Venezuela

A ONU apelou hoje para que não haja violência no sábado na Venezuela, no dia em que é esperada a entrada de ajuda humanitária, ordenada por Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino.

ONU apela à não-violência na entrada de ajuda humanitária na Venezuela
Notícias ao Minuto

20:10 - 22/02/19 por Lusa

Mundo Declarações

Segundo o porta-voz da ONU, a situação na Venezuela é seguida com "grande preocupação" pelo secretário-geral da organização, António Guterres, que deixou um forte apelo para que se evite a violência e que se 'despolitize' a ajuda humanitária que é esperada.

O líder do parlamento venezuelano, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino no passado dia 23 de janeiro, já garantiu que a ajuda humanitária reunida por vários países, entre os quais os Estados Unidos, entrará no país a partir de sábado.

Os carregamentos de ajuda humanitária estão já armazenados em vários pontos fronteiriços da Colômbia, do Brasil e de Curaçao, embora sejam rejeitados pelo regime do presidente Nicolás Maduro, por considerar que são uma ameaça de intervenção externa comandada pelos Estados Unidos.

Hoje pelo menos duas pessoas morreram em confrontos ocorridos no sul da Venezuela, na fronteira com o Brasil, entre o exército e uma comunidade indígena que defende a entrada da ajuda humanitária no território venezuelano.

Há registo de pelo menos 15 feridos, todos com ferimentos de bala.

A crise política e económica que a Venezuela atravessa já levou a que cerca de 3,4 milhões de pessoas tivessem abandonado o país.

De acordo com Escritório do Alto Comissariado para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM), cerca de 2,7 milhões de venezuelanos procuraram refúgio em países vizinhos, incluindo Colômbia, Peru e Brasil, e o resto partiu para fora da América Latina.

Em média, em 2018, cerca de 5.000 pessoas deixaram a Venezuela todos os dias.

A crise política na Venezuela agravou-se a 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente da república interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013 denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres. A maioria dos países da União Europeia, entre os quais Portugal, reconheceram Guaidó como Presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.

Na Venezuela vivem cerca de 300 mil portugueses ou lusodescendentes.

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