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Alterações climáticas podem propagar fungo de doença mortal

Até ao momento, dois estados norte-americanos concentram a maioria dos 10 mil casos de febre do vale diagnosticados no país.

Alterações climáticas podem propagar fungo de doença mortal
Notícias ao Minuto

15:00 - 24/09/19 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Doenças e alterações climáticas

Califórnia e Arizona, com desertos secos e estações chuvosas, possuem o ambiente e o clima ideais para que o fungo Coccidioides, causador da doença, sobreviva e prospere. Mas, de acordo com um estudo publicado recentemente no GeoHealth, as alterações climáticas, como o aumento da temperatura global, podem fazer com que o fungo se dissemine a nível global.

A estimativa é de que até o ano de 2100, o alcance do fungo cresça a ponto de aumentar em 50% o número de casos de febre do vale. Atualmente, o fungo está restrito ao território atual por conta das chuvas e da temperatura, mas as mudanças climáticas podem aumentar significativamente o seu raio de atuação. “Calculamos que poderia haver mais áreas em que esse fungo poderia viver no futuro”, afirmou Morgan Gorris, investigador do departamento de ciências do sistema terrestre da Universidade da Califónia em Irvine e principal autor do estudo.

O fungo Coccidioides cresce durante o período de secas, criando esporos que podem ser lançados no ar pelo vento. Esses esporos são inalados, causando a febre do vale. Apesar dos sintomas serem leves, com tosse, febre e calafrios, a doença causa cerca de 200 mortes por ano nos Estados Unidos, vitimando principalmente idosos ou pessoas com o sistema imunológico comprometido.

O estudo comparou as chuvas, a temperatura e outros dados ambientais com as taxas de incidência da febre do vale para identificar as condições ambientais correlacionadas à doença. Com essas informações, a pesquisa pôde prever quais os locais nos quais a doença poderia ser encontrada tendo como base a previsão de condições climáticas para o futuro.

Assim, o resultado foi de que os estados ocidentais ao norte estão mais propensos a ‘receber’ o fungo. “Passará por Oklahoma, Colorado, Wyoming, áreas mais secas", explicou James Randerson, professor do departamento de ciências dos sistemas terrestres da Universidade da Califórnia e co-autor da pesquisa. Afirmou ainda que a doença tem potencialidade para se propagar por outros países – já que as alterações climáticas afetam o mundo inteiro e a globalização que facilita o transporte de pessoas sobretudo de avião irá com certeza facilitar a sua propagação.

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